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ALMANAQUE TEX # 28

1 dezembro 2006


Título: ALMANAQUE TEX # 28 (Mythos
Editora
) - Revista mensal
Autores: Giovanni Luigi Bonelli (roteiro), Erio Nicolò (desenhos) e Aurelio Galeppini (capa).

Preço: R$ 11,90

Número de páginas: 224

Data de lançamento: Fevereiro de 2006

Sinopse: A vingança é minha parceira - O bando de Rocky Durbin já praticou muitos assaltos no Colorado e os rangers estão no seu encalço. Tex toma a frente e arma uma arapuca para o bando.

Durante a luta, o chefe escapa, mas perde o irmão. Tempos depois, para proteger um amigo fazendeiro que fornece gado aos Navajos, Kit Willer se mete num tiroteio na cidade de Nogales, na fronteira mexicana e acaba na prisão.

Por um jornal, Durbin fica sabendo da história e vê a oportunidade de se vingar de Tex, matando seu único filho. É convencido por um índio astuto a bancar um plano que passa por retirar o jovem da prisão mexicana e entregá-lo a um apache rebelde que odeia os Navajos, aos quais acusa de tomarem suas boas terras no passado.

Ao rebelde Cuchillo Negro é dada a incumbência de liquidar Kit de forma atroz, em troca de um carregamento de rifles, que vem ao encontro aos anseios dos rebeldes, ansiosos por executarem incursões armadas na região.

Mas Tex, Carson, Tigre e alguns Navajos já estão na pista da guerra, espalhando medo e respeito em todos os homens, descobrindo toda a trama e fazendo os inimigos pagarem suas dívidas com sangue ou com a vida.

Positivo/Negativo: Graficamente, mais uma revista perfeita.

Esta aventura foi deixada para trás pela Vecchi e pela Globo, que a julgaram fraca. Na verdade, é um enredo médio de Bonelli, pois não obstante a cadeia de ações, tensões e emoções, foi mal organizada.

Cada vez mais, os leitores ficam convencidos de que Kit Willer é um poço de preocupações para Tex. Basta sair sozinho e encontra encrenca da grossa. Essa constância acaba por denegrir a imagem do personagem, desacreditando-o. Não será nenhuma surpresa se um dia resolverem matá-lo.

O roteiro é muito veloz, mas acaba por se precipitar em alguns momentos. A impetuosidade de Bonelli ao escrever se mostra na troca de valores entre os antagonistas. O bandido Durbin (que adotou um nome falso) devia ser o principal, mas no meio da trama se deixa levar pelo velho índio Carlos e depois sai de cena, dando lugar ao índio Cuchillo Negro.

Durbin tinha tudo para ser um personagem de peso, lembrado no futuro, mas depois de se mostrar um homem firme, inteligente e vingativo, perdeu a pose e a importância, pois fracassou em seu intento e foi eliminado sem qualquer trabalho por Tex. Como os fãs sabem, todo bom filme, o vilão principal fica por último e o mocinho precisa suar bastante para vencê-lo. Não é o que acontece.

Por fim, ao libertar Kit, sozinho, Tigre consegue a proeza que deveria ser conferida a Tex, de salvar o seu filho e vencer o Cuchillo Negro e seus rebeldes.

Os desenhos de Nicolò sempre foram um deleite visual, com tomadas de pouco contraste e personagens bem delineados, nítidos e fiéis. Certamente desenhava com muita paciência e tempo para alcançar esse ótimo resultado. Ainda assim, muitas aventuras foram deixadas para trás, certamente devido à deficiência no roteiro.

Desta vez, não há a tradicional matéria sobre faroeste, substituída por duas capas da serie italiana Tutto Tex, reprise em segunda mão da revista principal. A segunda, uma imagem muito bonita do herói atirando em plena cavalgada, é uma realística interpretação do Galep de como seria a expressão do personagem, preocupado em acertar o alvo e manter-se na sela.

Na página 10, segundo quadro, ocorreu um erro: "Diabo! Há dois meses vivemos fechamos nessa ratoeira...". O correto seria "vivemos fechados".

 

Classificação:

4,0

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