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ALMANAQUE TEX # 30

1 dezembro 2006


Título: ALMANAQUE TEX # 30 (Mythos
Editora
) - Revista bimestral
Autores: Claudio Nizzi (roteiro), Andrea Venturi (desenhos) e Claudio Villa (capa).

Preço: R$ 11,90

Número de páginas: 224

Data de lançamento: Setembro de 2006

Sinopse: O preço da honra / A força do destino - Tex recebe um pedido de ajuda para decifrar os motivos que levaram o jovem batedor índio Santos a assassinar a sangue frio o General Leland diante de todo o contingente do Forte Defiance.

Enquanto cavalga para o Forte, Tex conta a seus pards os fatos de um passado distante que servem de plano de fundo para esta aventura.

O índio Natay é acusado injustamente de matar um traficante e o então Major Leland resolve prendê-lo. O jovem pele-vermelha escapa e trava uma guerra solitária contra o exército norte-americano, causando prejuízo e desmoralizando os militares durante meses.

Tex sabe que o índio é inocente e consegue capturar o verdadeiro culpado, obriga-lhe a assinar uma confissão e o entrega ao exército, mas o ranger desconfia da culpa do Major Leland e espera uma chance de provar.

Tex e Jack Tigre são chamados pelo Coronel Faraday para tentar um acordo com o índio, pois esquadrões inteiros não conseguem imobilizar o guerreiro apache.

Mas o major Leland, o novo comandante, está disposto a justiçar Natay e Tex terá muitos problemas por isso.

Positivo/Negativo: A capa não é bonita, mas denota bem a pouca estima que Tex tem pelo exército, devido a muitos erros em detrimento da raça vermelha, cometidos por homens ansiosos por glória e alguns indignos do uniforme, que denotam o que se verá no roteiro.

Esta aventura saiu na série normal italiana (conforme é explicado no editorial) em duas revistas. Uma das capas foi para o posto principal e a outra fecha a edição.

Entre as partes foi colocada uma matéria analisando o roteiro, cujo argumento se assemelha a outro já desenvolvido em Tex # 56 e # 57. Mas são aventuras distintas, recheadas de novos ingredientes.

Quando Tex conta uma história do passado, sempre leva o leitor a uma boa aventura - desta vez não é diferente, pois é mais fácil para o autor narrar fatos de um personagem novo.

Quando o ranger é o protagonista, não se pode fugir de suas características, pois qualquer deslize é fatal diante da longeva história do personagem. Quando ele atua como coadjuvante, pode percorrer diversos caminhos, sem contas a prestar, atentando apenas para a coerência.

Assim, é mostrado um Tex humano, que aceita perder quando percebe que não pode fazer nada. O texto é agradável, o leitor viaja sem perceber o tempo, ansioso para entender os desdobramentos e alcançar o desfecho.

E o triste final deixa um gosto amargo na boca do leitor - muitos certamente discordam da escolha do autor.

A tradicional matéria sobre faroeste foi a grande ausência. Quando é uma aventura do almanacco italiano, já vem com o artigo, basta traduzi-lo. Mas como foi dito, esta história saiu de outra fonte.

O desenhista Venturi não é novo em Tex, mas não é assíduo. Seus trabalhos são ótimos e seu traço lembra o competente Giovanni Ticci, de quem herda também a performance para fazer paisagens do velho oeste.

Homens, animais, neve, montanhas, tempestade, desenhos formidáveis. Primeiro pela clareza, segundo por não fugir ao Tex tradicional, terceiro porque consegue uma narrativa visual que se encaixa perfeitamente ao texto. Não é pouco.

 

Classificação:

4,0

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