ANGELIC LAYER # 1
Título: ANGELIC LAYER # 1 (Editora
JBC) - Revista mensal
Autores: Grupo Clamp.
Preço: R$ 9,80
Número de páginas: 176
Data de lançamento: Novembro de 2005
Sinopse: Misaki Suzuhara é uma jovem japonesa que acaba de chegar em Tóquio. A garota fica impressionada com a nova mania da cidade, um jogo de combate chamado Angelic Layer.
Não demora muito para que a mocinha entre na nova onda e, com a ajuda de um misterioso doutor, participe de emocionantes batalhas.
Positivo/Negativo: Angelic Layer é mais uma obra de relativo sucesso produzido pelo já consagrado estúdio Clamp. Criadores de quadrinhos como Sakura Card Captors, Guerreiras Mágicas de Rayearth e Chobits os mangakás são responsáveis por parte significativa da indústria de quadrinhos no Japão.
Quem conhece as obras do grupo, já sabe o que esperar nas páginas de suas revistas. Sempre usando fórmulas consagradas, moldando personagens parecidos e narrando histórias que envolvem seres mágicos, seja essa mágica proveniente do sobrenatural ou do ultratecnológico, a verdade é que o Clamp não arrisca muito em seus títulos.
Angelic Layer não é exceção. Todas essas características estão lá. A mocinha doce, um mundo encantado - embora se passe em Tóquio, o tipo de tecnologia existente é irreal - e vários mistérios que vão se revelando ao decorrer da história.
Impossível não comparar essa obra com outras do Clamp, e os próprios autores brincam com isso ao fazerem referências a outros mangás. Isso sem contar que os desenhos também lembram diversos personagens do estúdio.
Mesmo o enredo é bem parecido com outra obra. Em Chobits, também era um mundo de robôs o mote principal do mangá. Dessa vez, porém, esses bonecos eletrônicos são usados em batalhas.
Como se tudo isso não bastasse, novamente num mangá a história gira em torno de um torneio de lutas. Chega a ser vergonhoso que um profissional da área ainda use esse tipo de plot, pois não há nada mais que se possa extrair dessa fórmula.
Mas o mangá tem suas qualidades. Visualmente, o Clamp consegue formar cenas lindas, a HQ tem uma narrativa competente e traços claros. E poucos sabem trabalhar o humor tão bem. As cenas de ação são boas, dinâmicas e com um forte impacto.
A história, apesar de extremamente clichê, flui bem e tem começo, meio e fim. E alguns segredos intrigam o leitor. Essas qualidades são inquestionáveis.
Resumindo, Angelic Layer mereceria uma nota alta por seus quesitos técnicos, mas quando o assunto é criatividade, infelizmente, o mangá peca feio.
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