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ANIQUILAÇÃO # 2

1 dezembro 2007


Título: ANIQUILAÇÃO # 2 (Panini
Comics
) - Minissérie em sete edições mensais

Autores: Surfista Prateado - Keith Giffen (roteiro) e Renato Arlem (arte);

Nova - Dan Abnett, Andy Lanning (roteiro) e Kev Walker (desenhos);

Superskrull - Javier Grillo-Marxuach (roteiro) e Gregory Titus (arte);

Ronan - Simon Furman (roteiro) e Jorge Lucas (arte).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Março de 2007

Sinopse: Surfista Prateado - O Aniquilador envia seus melhores soldados para caçar os ex-arautos de Galactus.

Nova - Richard Rider foi o único sobrevivente da Tropa Nova. Agora, cabe a ele ser o hospedeiro da incrível Força Nova e garantir a preservação da Mente Global Xandariana.

Superskrull - Ele já foi o maior soldado do Império Skrull, mas está desacreditado. Agora, o Império está fragmentado e prestes a ser destruído pela Onda de Aniquilação e, sem apoio de ninguém, ele tentará impedir a extinção da sua raça.

Ronan - Ele já foi um dos principais oficiais do Império Kree, mas, julgado um traidor, acabou exilado. Depois disso, Ronan passou a vagar pelo universo tentando provar sua inocência e aplicando as leis Kree onde acha necessário.

Positivo/Negativo: Nesta edição, Aniquilação se divide em quatro frentes narrativas centradas nos personagens cósmicos Surfista Prateado, Nova, Superskrull e Ronan, o Acusador.

Também fica claro por que este não se tornou um grande evento da Marvel, e sim um acontecimento paralelo. Primeiro que, ao menos por enquanto, não envolveu diretamente a Terra e seus heróis. E também porque a trama é trabalhada por artistas desconhecidos do público norte-americano, excetuando, claro, Giffen.

Mesmo Dan Abnett, Andy Lanning e Kev Walker, que têm uma longa carreira nos quadrinhos, são mais conhecidos na Inglaterra, onde publicam em diversos títulos. Há ainda Javier Grillo-Marxuach, autor mais ligado à televisão e cinema que só produziu esta série e mais uma para as HQs.

O resultado disso ainda é difícil de avaliar, mas nesta edição já se nota que todas as histórias têm um texto carregado e, mesmo nas cenas de ação, os grandes debates não param.

O Surfista Prateado tem um destaque interessante por estar numa posição contrária à da sua origem. Ele já foi responsável por levar Galactus para consumir diversos planetas. Agora, vê uma força semelhante, mas que, ao contrário de seu ex-"patrão", é movida por ganância. Também chama a atenção o fato de Thanos estar ligado ao título, apesar de seu papel na trama ainda não ser claro.

O desenho de Surfista fica a cargo do brasileiro Renato Arlem, uma boa escolha para o título, pois a trama combina com seu traço. Mas se ele faz um ótimo trabalho no lápis, não consegue uma forma de arte-finalizar bem seus sombreados, deixando algumas cenas com jeito de esboços.

Nova, até o momento, parece plágio descarado e assumido da Tropa dos Lanternas Verdes. Resta esperar para ver como a história se desenrola. Um fator que pode ser diferencial é a presença de Drax e Cammi, a menina humana que tem acompanhado o grandalhão desde que ele caiu na Terra, em Drax - O Destruidor. A garota está tão deslocada, que parece ser uma "cortina de fumaça" para fazer dela um elemento-chave na trama.

O desenho também ajuda a história. Kev Walker tem seus defeitos, mas posiciona bem as cenas e coloca o foco no ponto mais interessante, para aproveitar sua arte.

Superskrull está um pouco previsível. Ele está desacreditado e só tem a ajuda de um garoto para salvar um Império que não o quer e nem está interessado em ser salvo. A torcida é para que não se opte pelo caminho mais fácil, mas o desfecho óbvio para a história é ele formar um exército que se torne a "cavalaria" e, depois de encerrada a luta com o Aniquilador, se tornar o responsável por unir os restos do Império Skrull.

Na arte, um traço arredondado e meio estilizado, que tem marcado as histórias do Quarteto Fantástico, grupo intimamente ligado à origem do personagem.

A história de Ronan é a única que, aparentemente, não tem ligação com Aniquilação. Tem alguns conceitos interessantes, como a paranóia do personagem por impor a lei Kree por onde passa. Mas, por enquanto, é só isso.

A edição nacional apresenta um bom trabalho com os resumos do que aconteceu anteriormente e com algumas fichas dos personagens, algo bastante útil para os leitores se situarem nesse universo cósmico da Marvel.

Classificação:

4,0

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