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ANO DA MULHER (EM ALMANAQUE DO GIBI - ATUALIDADE # 1)

1 dezembro 2010

ANO DA MULHER (EM ALMANAQUE DO GIBI - ATUALIDADE # 1)

Editora: RGE - Edição especial

Autores: O ano da mulher - Luiz Gê (roteiro e desenhos).

Preço: Cr$ 25,00 (da revista)

Número de páginas: 128 (da revista)

Data de lançamento: 1976

 

Sinopse

Um goleiro em apuros pede ajuda para Nossa Senhora, mas logo verá que não se pode desperdiçar orações em momentos inoportunos.

Positivo/Negativo

ANO DA MULHER (EM ALMANAQUE DO GIBI - ATUALIDADE # 1)

Em 1976, a RGE dava seguimento à publicação do seu Gibi e de seus especiais, como o Almanaque do Gibi Atualidade, que trazia, em 128 páginas em formato tabloide, o que de melhor existia nos quadrinhos mundiais.

A edição estampava a primeira aventura de Valentina, do italiano Guido Crepax; Corto Maltese, de Hugo Pratt; Scarlett Dream, da dupla francesa Robert Gigi e Claude Moliterni; e o a HQ Ano da mulher, do brasileiro, ainda em começo de carreira, Luiz Gê.

Com o advento da Copa de 2010, na África do Sul, e do especial futebolístico que o site realizou, o tema da resenha é justamente a sequência do brasileiro, que estava nas últimas oito páginas da publicação.

Luiz Gê começou a despontar no cenário dos quadrinhos nacionais com a lendária revista O Balão, produzida em 1972, na USP, ao lado de outros autores, como Laerte. Em pouco tempo, já publicava na Folha de S.Paulo, Veja, entre outros veículo, além de fazer trabalhos para o exterior.

Por isso, não era de se estranhar seu nome ao lado de grandes feras dos quadrinhos numa publicação em bancas. E Gê desfilou toda a sua competência e domínio da nona arte nesta HQ do Almanaque do Gibi - Atualidade.

Ela tem o título Ano da mulher, em referência à comemoração ocorrida no ano anterior, 1975, mas versava sobre um assunto que não é do interesse da maioria do universo feminino: o futebol.

Na história, um goleiro recebe um chute perigoso e, na iminente possibilidade de não segurar a bola, pede ajuda para Nossa Senhora, em uma longa oração. A defesa é espetacular, mas o pedido de auxílio sobrenatural desperta a fúria dos torcedores rivais, que enxergam nisso uma trapaça.

Então, uma torcida sanguinária (mostrando que isso é um problema que assola o Brasil há tempos), invade o campo para tirar satisfação com o goleiro, que volta a rezar, novamente pedindo ajuda para a padroeira do País. Mas, desta vez, ela fica indignada com o machismo do atleta e deixa que ele se vire. O resultado é catastrófico.

Em poucas páginas, Gê compõe uma obra completa, com um traço repleto de detalhes. A narrativa é na medida, com um número maior de quadrinhos a cada momento de tensão e grandes painéis para os desfechos. O formato gigante da revista colabora para embelezar a arte do autor, exposta num tamanho que dificilmente o leitor do século 21 verá.

O roteiro é divertido, mas não apresenta nada de inovador ou marcante. Fica claro que o objetivo é divertir, e isso é alcançado.

Ao reler um trabalho de Luiz Gê é impossível não sentir vontade de ver mais de suas produções, que foram interrompidas por um longo hiato longe dos quadrinhos. Felizmente, recentemente o autor voltou à ativa ao publicar a adaptação de O Guarani. Mas os fãs querem mais...

Classificação:

4,0

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