Confins do Universo 204 - Marcelo D'Salete fazendo história (em quadrinhos)
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ANOS 50 - 50 ANOS

1 dezembro 2001

50 Anos - Anos 50Título: ANOS 50 - 50 ANOS (Editora Opera Graphica) - Livro

Autores: Álvaro de Moya.

Preço: R$ 35,00

Data de lançamento: Julho de 2001

Sinopse: Em junho de 1951, a cidade de São Paulo sediou a 1ª Exposição de Histórias em Quadrinhos do mundo, que foi organizada pelos então jovens quadrinhistas brasileiros Álvaro de Moya, Jayme Cortez, Syllas Roberg, Reinaldo de Oliveira e Miguel Penteado.

Em comemoração ao seu cinqüentenário, a Opera Graphica lançou este livro, escrito por Álvaro de Moya, que mostra como foram aqueles dias, em que trabalhar com quadrinhos era uma missão inglória.

O recém-inaugurado Museu de Arte de São Paulo negou-se a ceder espaço para a mostra, que acabou acontecendo no Centro de Cultura e Progresso, clube da juventude judia, com originais de monstros sagrados como Alex Raymond (Flash Gordon), George Herrimann (Krazy Kat), Hal Foster (Príncipe Valente), Will Eisner (The Spirit), Burne Hogart (Tarzan) e Al Capp (Li'l Abner).

Positivo/Negativo: Pra começar, só a iniciativa de se eternizar os 50 anos da 1ª Exposição de Histórias em Quadrinhos do mundo já mereceria todos os elogios.

O livro, em si, é uma delícia para os apaixonados pela história dos quadrinhos no Brasil. Moya enumera as dificuldades que existiam naquela época, quando os gibis eram considerados "nocivos" e tinham como inimigos as escolas, os professores, os padres, pais e autoridades.

Anos 50 - 50 Anos traz várias fotos dos painéis, nos quais é possível, inclusive, ler os textos que os expositores fizeram. Também há vários recortes de jornais da época, divulgando o evento.

Também é muito interessante a passagem do livro em que a França, que se autoproclamava como a realizadora do primeiro evento desse gênero, em 1965, aceita que o Brasil foi o pioneiro nesta iniciativa.

O livro traz ainda dados de como era a vida no Brasil e no mundo na década de 1950, para "situar" melhor o leitor; fichas dos autores expostos; mini-biografias dos organizadores; reproduções das cartas enviadas aos artistas; e uma entrevista coletiva com Álvaro de Moya.

A diagramação contribuiu para o bom resultado final da obra, aproveitando bem os espaços em branco das páginas e valorizando as imagens.

Os únicos pontos negativos foram a repetição das mesmas informações em vários trechos do livro e alguns erros de digitação (como no texto de Jerry Robinson, em que o pernambucano Laílson Cavalcanti virou Lialson; e em português e inglês!), mas nada que diminua a grandeza desta obra.

Classificação:

4,0

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