Antes de Watchmen – Volume 7 – Dollar Bill & Moloch
Editora: Panini Comics – Maxissérie mensal
Autores: Moloch – J. Michael Straczynski (roteiro), Eduardo Risso (desenhos) e Trish Mulvihill (cores) – Originalmente em Before Watchmen – Moloch # 1 e # 2;
Dollar Bill – Len Wein (roteiro), Steve Rude (desenhos) e Glen Whitmore (cores) – Originalmente em Before Watchmen – Dollar Bill;
A condenação do Corsário Carmesim – John Higgins (roteiro e desenhos) – Originalmente em Before Watchmen – Minutemen # 5 e Rorschach # 3.
Preço: R$ 9,90
Número de páginas: 80
Data de lançamento: Novembro de 2013
Sinopse
Moloch – A origem do desfigurado vilão que enfrentou os Minutemen e teve sua regeneração por intermédio de um dos seus inimigos.
Dollar Bill – A história de um dos mais adorados heróis da primeira geração de aventureiros mascarados a surgir nos Estados Unidos.
Amplas eram suas asas de dragão – Parte três – Depois de obter o segundo objeto para recuperar sua alma, o oficial júnior da marinha real inglesa deve sobreviver para conseguir o terceiro, desconhecido e derradeiro item da sua missão maldita.
Positivo/Negativo
Com menos páginas que as outras edições, que compilavam entre quatro e seis números da série original, Antes de Watchmen – Dollar Bill & Moloch reúne um especial e uma minissérie em duas partes que revelam as origens de dois coadjuvantes da obra original de Moore e Gibbons.
J. Michael Straczynski foi o responsável pelo regular Coruja e o ótimo Dr. Manhattan. Com Moloch, ele liga o piloto automático e faz uma história sem graça de um vilão mais sem graça ainda.
Ideias bem rasas, como as alusões católicas, a exemplo da sombra do Ozymandias, de braços abertos, como um salvador falso do vilão, fazem a HQ cair na mais pura obviedade do pobre coitado que é execrado por todos e se torna uma pessoa má.
Salva-se apenas a arte do argentino Eduardo Risso, que, mesmo assim, descaracterizou o personagem para deixá-lo mais feio.
No one-shot de Dollar Bill, o herói que morreu quando prendeu a capa acidentalmente em uma porta giratória ao impedir um assalto, nem esse momento é legal nas mãos de Len Wein.
Ex-atleta e sem perspectiva de vida, ele é chamado para vestir seu manto e promover um banco pelos representantes da instituição que mais parecem os irmãos Marx, só que sem a menor graça.
Seguindo a mesma cartilha da mesmice, o único ponto mais interessante que é explorado corresponde ao lado publicitário e de espetáculo dos verdadeiros super-heróis.
Nem os desenhos limpos e elegantes de Steve Rude salvam a história, pois servem apenas para fazer um desfecho piegas e cheio de clichês sobre o heroísmo.
Quando criou o Dollar Bill – o coadjuvante dos coadjuvantes –, Alan Moore só queria apontar para a sua desconstrução e crítica do mito do super-herói. Saber o passado do personagem é tão importante quanto as páginas desperdiçadas de A condenação do Corsário Carmesim, no final, que não acrescentam absolutamente nada ao projeto.
Esta edição é o maior tapador de buracos de todas.
Classificação