Confins do Universo 204 - Marcelo D'Salete fazendo história (em quadrinhos)
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APENAS UM PEREGRINO

1 dezembro 2001

Apenas Um PeregrinoTítulo: APENAS UM PEREGRINO (Devir Livraria) - Edição especial

Autores: Garth Ennis (texto), Carlos Ezquerra (arte) e Paul Mounts e Ken Wolak (cor).

Preço: R$ 25,90

Data de lançamento: Julho de 2002

Sinopse: Num futuro próximo, o Sol começa a morrer, queimando, devastando a Terra e provocando o colapso da civilização. Os oceanos evaporaram, e os sobreviventes buscam os últimos locais onde ainda há água e uma temperatura que lhes permita reconstruir os seus lares.

Um desses bandos de sobreviventes, ao tentar encontrar um oásis no deserto, é perseguido por um temível grupo de salteadores, liderados pelo sinistro Castenado. Além disso, precisam enfrentar bizarras criaturas mutantes criadas pelas radiações solares.

É aí que surge o misterioso Peregrino, armado até aos dentes, com uma cruz "tatuada" na parte esquerda de seu rosto e espalhando a palavra divina e as citações bíblicas da mesma forma que distribui tiros, morte e destruição!

Positivo/Negativo: Nos Estados Unidos, esta foi uma das HQs que marcou o lançamento da Black Bull, coleção de quadrinhos da revista Wizard, em 2001. Por aqui, pontuou a estréia (junto com O Hobbit) de um novo formato de álbuns da Devir.

A história de um futuro apocalíptico, apesar de ser sobre um tema bastante batido, inclusive nos quadrinhos, é bem conduzida por Garth Ennis, que intercala bem as cenas de ação às de flashback, que narram como o protagonista começou sua "cruzada".

O autor, um especialista em anti-heróis, explora bem o fanatismo religioso do Peregrino, e o discurso de que "é preciso mandar os inimigos para a salvação".

No entanto, é inevitável a comparação com outra cria de Ennis, o Santo dos Assassinos, que já teve minissérie própria no Brasil (pela Abril, em 1997) e freqüentador das páginas de Preacher (atualmente sendo publicado pela Brainstore). E as semelhanças não se restringem aos "ideais" dos personagens, mas também ao visual de ambos.

A arte do veterano Carlos Ezquerra, um dos criadores - em parceria com John Wagner - do Juiz Dredd, mostra que ele ainda está em excelente forma. Destaque também para as cores de Mounts e Wolak.

No final, a edição traz ainda belas pin-ups do personagem, assinadas por Tim Bradstreet, Mark Texeira, Bill Sienkiewicz, Liam Sharp, Kevin Nowlan E J. G. Jones.

Apenas um Peregrino, que foi lançado pela Devir também em Portugal, teve o texto adaptado para o Brasil, mas, em algumas páginas, ainda passaram algumas palavras do português por lá falado. Contudo, não é nada que comprometa a bela edição, que tem um acabamento gráfico caprichado.

Classificação:

4,0

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