ARMA X # 9
Autores: Arma X - Frank Tieri (argumento) e Georges Jeanty
(desenhos);
Emma Frost - Karl Bollers (roteiro) e Randy Green (desenhos);
Mística - Brian K. Vaughan (roteiro) e Jorge Lucas (desenhos).
Preço: R$ 4,90
Número de páginas: 72
Data de lançamento: Junho de 2004
Sinopse: Arma X - Grandes mudanças na vida de Mesmero e
o Diretor podem trazer novos rumos para a batalha entre a Arma X e o Submundo.
Emma Frost - A família Frost está em guerra interna. Será que alguém
sairá ileso?
Mística - A metamorfa terá de usar todos os seus truques se quiser
cumprir a missão de Xavier.
Positivo/Negativo: Muitos diriam que o excesso de títulos mutantes
(no Brasil três revistas) desgastaria o tema e prejudicaria a qualidade,
mas Arma X prova o contrário. Desde a capa, com a belíssima Emma
Frost de Greg Horn, à excelente composição do mix, a revista não
deixa de surpreender o leitor. Mesmo o comprador eventual poderá apreciá-la,
uma vez que todas as séries contêm um resumo do que está acontecendo nas
histórias.
Arma X merece destaque pelo seu argumento e arte. Frank Tieri tem
crescido muito em seu texto desde que introduziu a "Terra do Nunca", exibindo
o campo de concentração mutante pelos olhos de uma criança. Nesta edição,
ele mantém o clima dramático focando a narrativa na perturbada vida de
Mesmero, mostrando como o mais poderoso dos ilusionistas vive em uma ilusão.
Tieri faz o leitor duvidar de quem é o vilão e quem é o herói quando Cable
encontra no sofrimento de Mesmero uma oportunidade de ataque à Arma X.
Além disso, a história conta com a arte de Georges Jeanty. Ele não é um
desenhista excepcional, nem seguiu a onda de mangás que se alastrou pelo
traço americano, mas surpreende pelo design de suas páginas, fazendo
ótimo uso do espaço entre os quadros, tornando-os parte da fluência da
narrativa visual. Para garantir que sua mão esteve na revista, vale conferir
uma impressão digital no primeiro quadro da página 11.
Quem achava que tinha uma família problemática, certamente não conheceu
os Frost. A cada história fica mais claro porque Emma Frost é como
é.
O arco está se fechando, amarrando as pontas soltas e mostrando a Emma
que não pode confiar em ninguém, nem mesmo nos seus recém-descobertos
poderes. Esta série poderia até ser publicada até fora da franquia "X",
pois sobreviveria tão bem quanto outros títulos sem super-heróis. O fato
de a personagem ser mutante é apenas um detalhe em uma trama psicológica
muito bem construída.
A revista não estaria completa sem uma boa porção de ação e luta, que
não falta no título de Mística. A série não é a melhor coisa da
revista, mas tem destacado uma extensão dos poderes da personagem que
até então eram desconhecidos. O ponto alto da história é quando ela cria
uma "gêmea siamesa" e ataca em duas frentes.
Classificação: