No final da década de 1960, a Turma da Mônica já possuía uma notoriedade significativa e seus personagens já pipocavam em vários comerciais de TV. De molho de tomate a ervilhas, lá estavam eles.

E as tirinhas refletiam bem isso. Mauricio fazia piada com a própria situação de "garotos-propaganda" e até mesmo com a ideia dos comerciais em si, chegando a inverter o clássico "reclame" da Mônica com o Jotalhão.

Mas vai além disso. As tirinhas deste volume se mostram ainda mais antenadas com as atualidades da época do que os volumes anteriores.

Essa é uma característica que vai ganhando cada vez mais força a partir de então e perdura até hoje nas revistas da Turma (que, vire e mexe, está fazendo uma paródia com algum seriado de TV ou filme da moda).

Ironicamente, é essa mesma característica que vem a se tornar o ponto fraco da edição.

Por serem extremamente datadas, muitas piadas só têm graça mesmo pra quem viveu o período e nem mesmo as devidas explicações no fim do álbum conseguem aliviar a sensação de "não entendi" de algumas tiras.

Claro que era de se esperar por isso, mais cedo ou mais tarde. Afinal, trata-se de publicações com mais de 30 anos e, logicamente, isso não desmerece o conjunto da obra.

E nem seu valor histórico: ler As Tiras Clássicas da Turma da Mônica é como passear pela história da cultura pop brasileira.