ASTRAL PROJECT – SOB A LUZ DA LUA # 3
Editora: Panini Comics - Revista bimestral
Autores: marginal (roteiro) e Syuji Takeya (arte).
Preço: R$ 10,90
Número de páginas: 240
Data de lançamento: Maio de 2011
Sinopse
Após a morte de sua irmã, Masahiko, um jovem hedonista e que trabalha como motorista de prostitutas de luxo, descobre ser capaz de fazer projeção astral.
Todas as vezes que Masahiko ouve a quarta faixa de um CD de Albert Ayler, ele consegue se projetar astralmente de seu corpo e voar pelos céus em busca de novos conhecimentos e do que pode ter acontecido de verdade com sua irmã.
Zampano é um sem-teto muito bem relacionado no mundo astral e que, junto de Seboso e de uma projeção de um livro de Francis Bacon, serve de guia a Masahiko, que entre diversas descobertas, se apaixona por Misa.
E há uma misteriosa agência governamental norte-americana que desenvolve uma operação chamada Astral Project.
Positivo/Negativo
A cada nova edição de Astral Project, as coisas ficam mais interessantes.
Quando a situação parece atingir seu ápice, há novas soluções brilhantes apresentadas pelo roteirista marginal, pseudônimo de Garon Tsuchiya, que também escreveu Old boy, transformado em película por Chan-wook Park.
Esta terceira edição, de um total de quatro, além de trabalhar de modo brilhante com o desenvolvimento dos personagens e avançar as ideias de teorias conspiratórias e explicações místicas e pseudocientíficas - o que faz o suspense da trama aumentar -, investe em uma forte pegada emocional.
Os desenhos de Syuji Takeya são ótimos. Sua arte varia entre um detalhismo realista e um dinamismo de traço simples, de acordo com a necessidade do desenvolvimento da trama e da representação de cada cena.
A expressividade corporal e facial dos personagens é feita na medida, e a arte de Takeya é um verdadeiro show. Assim como o roteiro de marginal, é uma boa aula de construção de enredo dividido em fascículos, mantendo o interesse narrativo sem perda de páginas com muitas repetições e, ao mesmo tempo, mantendo o leitor a par do que já aconteceu na história.
Mesmo tendo uma trama cativante e envolvente, Astral Project vai além de ser um gibi com uma boa história.
Essa boa história está nas páginas do mangá, e ali também estão personagens muito interessantes, em momentos de conflito.
E são justamente esses personagens em suas jornadas individuais que, ao se encontrarem, trazem o que a obra tem de melhor.
Ressalte-se o competente trabalho da Panini com o gibi. O preço acessível, o tamanho tradicional dos mangás e, principalmente, o excelente glossário que acompanha todas as edições.
Um grande roteiro competentemente ilustrado e bem editado. Como poderia não dar certo?
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