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AVANTE, VINGADORES! # 4

1 dezembro 2007


Título: AVANTE, VINGADORES! # 4 (Panini
Comics
) - Revista mensal

Autores: Jovens Vingadores - Allan Heinberg (roteiro) e Jim Cheung (desenhos);

Fugitivos - Brian K. Vaughan (roteiro) e Adrian Alphona (desenhos);

Filhas do Dragão - Jimmy Palmiotti, Justin Gray (roteiro) e Khari Evans (desenhos);

Mulher-Hulk - Dan Slott (roteiro) e Scott Kolins (arte).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Abril de 2007

Sinopse: Jovens Vingadores - Os Kree exigem que Hulkling seja parte o exército deles e os Skrull estão decididos a impedir. Mesmo com a ajuda dos Vingadores, isso pode virar uma nova guerra espacial.

Fugitivos - Enquanto Gert e Victor conversam com o Homem-Aranha, os Vingadores vão atrás do padre Lantom.

Mulher-Hulk - Descubra o que aconteceu depois que a Mulher-Hulk enlouqueceu e destruiu uma cidade e por que agora ela precisa do conversor gama para se transformar.

Filhas do Dragão - Misty Knight e Colleen Wing são perigosas Agentes de Fiança que fazem tudo para manter os supervilões na linha ou na cadeia.

Positivo/Negativo: Allan Heinberg vem, aos poucos, provando ser um roteirista de primeira linha com seu trabalho em Jovens Vingadores. Nesta edição, além do forte ritmo de ação, ele já abre o jogo sobre os mistérios referentes aos pais de Hulkling e dos gêmeos Wiccano e Thomas Shepard.

O autor havia deixado todas as pistas para o leitor saber que o primeiro era filho do Capitão Marvel original e outros dois, os rebentos de Wanda e do Visão e, agora que essas informações são do conhecimento do leitor, ele pode trabalhar as conseqüências disso.

A diferença de uma história nesse formato e de um mistério mal conduzido (o que predomina na maioria das revistas) é que Heinberg deixou pistas para o leitor montar o quebra-cabeças e, em seguida, revelou a resposta.

O roteirista ruim cria um mistério simplesmente omitindo a informação central e arrasta isso por várias edições até "tirar do chapéu" o grande segredo. Já o bom escritor desenvolve sua trama se apoiando em diversos elementos.

Merece destaque ainda a fala do Capitão na última página, ao dizer que tudo ficará bem enquanto segura o Patriota ferido. É impressionante a força que tem a figura do Capitão América. Ele faz o leitor acreditar que tudo realmente vai se solucionar, algo que poucas criações de ficção conseguem.

Fugitivos tem uma edição divertida, principalmente pela participação do Aranha e da excelente negociação entre Chase e o Mascate. Também fica claro quem é a pessoa que incriminou o Manto e por quê. A única pendência para fechar o arco é por que Wolverine ataca o padre Lantom no final do capítulo.

Além da boa história, conta com o traço de Alphona, ideal para uma série como esta, por ser capaz de representar muito bem as emoções fortes dos personagens.

Mulher-Hulk foge um pouco do humor para fazer uma história forte e dramática sobre como Jennifer se sentiu após descobrir que tinha destruído uma cidade inteira. A trama é muito boa, mas conduz a uma discussão complexa, ao afirmar que o Hulk nunca matou ninguém.

Mesmo que não seja intencionalmente, em todos esses anos de destruição furiosa, é improvável crer que em um prédio que caiu, um carro arremessado ou mesmo um pisão mais forte que gerou um terremoto tenham, no máximo, ferido alguém. Que Banner não faça idéia de que foi responsável por alguma morte, tudo bem, mas daí a crer que o Hulk só causou danos materiais é ingenuidade demais.

Fora isso, é interessante a participação do milionário criador da Cruz Verde, organização para amenizar os danos feitos pelo Hulk. Era desnecessária a ligação dele com o evento que transformou Banner, mas, ainda assim, funcionou.

E para não passar a edição inteira sem fazer uma piada, no final Slott acrescenta uma de suas insinuações sobre a lógica dos quadrinhos, ao dizer que o agente da AVT vai comunicar ao pessoal da continuidade que agora a Mulher-Hulk precisa do conversor gama para se transformar.

Fechando a revista, com estilo, Filhas do Dragão marca o retorno de duas personagens há tempos afastadas da Marvel: Misty Knight e Colleen Wing. As duas surgiram na época de Heróis de Aluguel (título que deixou famosos Luke Cage e Punho de Ferro), mas sempre foram personagem do segundo escalão.

Agora, seguindo uma linha de ação policial bad girls, talvez elas voltem a emplacar. A proposta é interessante: Elas têm uma agência que empresta dinheiro para os supercriminosos saírem em fiança.

Se o bandido for ao julgamento, o dinheiro da fiança é devolvido e o criminoso fica devendo um favor para elas; se ele faltar, elas viram Agentes de Fiança autorizadas e recebem recompensas altas pelo resgate do fugitivo.

Com um desenho bem feito, muita ação e bom humor na medida, este título é o entretenimento ideal.

Classificação:

4,0

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