Título:HELLBLAZER # 2 (Brainstore Editora) - Revista mensal

Autores: Garth Ennis (roteiro) e John Higgins (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Data de lançamento: Novembro de 2002

Sinopse: Filho do Homem - Parte 2 de 5 - Enquanto volta pra casa, depois de desovar o corpo, Constantine conta para Chas como foi obrigado a tentar ressuscitar o filho do chefão Harry Cooper, há 16 anos.

O problema é que não é possível trazer uma pessoa de volta dos mortos, não importa quão bom mago você seja. Então, John teve de trazer outra coisa no lugar, algo vindo diretamente do inferno.

Sem saber, Chas atraiu a atenção da criatura diretamente para Constantine, que não terá outra alternativa, a não ser arcar com as conseqüências. Uma encrenca dos diabos está prestes a começar.

Positivo/Negativo: Neste segundo número, a narrativa ganha fôlego e Ennis brinda os leitores com o retorno, em flashback, de vários personagens carismáticos introduzidos durante sua fase anterior como escritor de Hellblazer, com um destaque especial para o hilário reverendo Rick, morto durante o arco Um Patife nos Portões do Inferno.

Embora essa não seja, definitivamente, uma das histórias mais memoráveis da carreira do polêmico escritor, tem estilo suficiente para fazer inveja a muito material inócuo que tem saído ultimamente. Como de praxe, Ennis desenvolve seu argumento gradualmente, passo a passo.

Na primeira parte, limitou-se a criar a expectativa de que algo assustador o bastante para botar medo em John Constantine estava por vir. Dessa vez, revelou qual a natureza da encrenca e insinuou as possíveis conseqüências.

Introdução concluída, o terreno para a trama propriamente dita está armado. Resta saber se os próximos capítulos trarão um desfecho à altura. Pena que o ritmo do texto leve a uma leitura muito rápida. Quando a coisa começa a esquentar, o capítulo já acabou! Dá vontade de ler o arco todo num encadernado só. Sonhar não custa!

Higgins finalmente acertou a mão, desenhando Constantine de maneira mais coerente com o personagem. Aqui, temos de fato o velho canalha no seu estilo de sempre, elegante em seu sobretudo, sorriso cínico e cara lavada.

Na última página, a Brainstore publica uma entrevista resumida com o ilustrador, na qual, entre outras coisas, é abordado seu trabalho como colorista de Watchmen e como criador da série Razorjack, também lançada pela editora.

Seria interessante se a Brainstore mantivesse este padrão, e reservasse sempre a última página para matérias e entrevistas, valorizando a edição. É sempre um ponto a favor.

Classificação: