Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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BADLANDS – O FIM DO SONHO AMERICANO

Por Delfin
1 dezembro 2005


Título: BADLANDS - O FIM DO SONHO AMERICANO (Devir
Livraria
) - Edição especial
Autores: Steven Grant (roteiro) e Vince Giarrano (desenhos).

Preço: R$ 23,00

Número de páginas: 144

Data de lançamento: Setembro de 2005

Sinopse: Conrad Bremen era um ladrãozinho pé-de-chinelo. Um cara não muito esperto, com alguns traumas e fadado ao fracasso. Uma pessoa facilmente manipulável.

Por isso mesmo, perfeita para ser o bode expiatório de uma operação cuidadosamente planejada, que visava apenas interesses políticos e econômicos, mas que mudou a história mundial para sempre: o assassinato do presidente americano John Fitzgerald Kennedy.

Positivo/Negativo: Originalmente publicada em 1991 como uma minissérie em seis partes pela Dark Horse, Badlands mostra uma história fictícia (mais uma) envolvendo a estúpida morte de JFK. O imaginário norte-americano gosta de navegar por esta história e suas conspirações. Foi o que fez também Steven Grant.

Ao contrário do que o prefácio de Jonathan Vankin diz, a série - publicada por aqui numa edição baseada na versão encadernada da mesma, feita em 2002 pela AiT/PlanetLar - não é tão especial assim.

Enfocar o tipo de pessoas que assassinaram Kennedy é mais normal do que se possa pensar. O mérito de Grant é ser o mais mundano possível, sem mostrar claramente nenhuma cena de bastidores políticos de Washington. Apesar de, em um quadrinho, na página 33, ser sugerida claramente a figura de Richard Nixon.

A trama é relativamente leve e superficial, centrando-se no boi-de-piranha da vez, Conrad Bremen, um sujeito com pouco carisma, mas suficiente para os planos das pessoas que tramavam contra JFK. Em que se pese sua pouca esperteza, ainda assim ele é inteligente o bastante para ligar os pontos do que está acontecendo, mas só quando tudo se torna óbvio demais.

Para o leitor, infelizmente, não há surpresa alguma: a capa entrega o enredo de cara (coisa que não ocorria na minissérie). Os belos desenhos de Giarrano ajudam a apoiar e enriquecer um roteiro apenas razoável. Tanto que há um roteiro de cinema escrito (e, claro, nunca filmado) sobre a série.

Lida da época de seu lançamento, em 1992, Badlands parecia ter muito mais vigor, apesar do papel ruim usado pela Dark Horse. Hoje, mais de uma década depois, a obra mostra seus defeitos, os lugares-comuns e sua falta de potência para se tornar um clássico.

Isto só piora pelo fato de a Devir ter chegado a anunciar o lançamento dois anos atrás e, por problemas de licenciamento, mesmo com a série já produzida não ter distribuído. Isto se nota nos créditos de copyright (do ano de 2003), na ficha catalográfica (do mesmo ano) e na última página, quando se percebe que os títulos anunciados como próximos lançamentos já saíram há muito tempo.

Uma edição, infelizmente, abaixo da média.

 

Classificação:

4,0

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