BAKUMAN # 4
Editora: JBC - Revista mensal
Autores: Tsugumi Ohba (roteiro) e Takeshi Obata (arte).
Preço: R$ 10,90
Número de páginas: 208
Data de lançamento: Novembro de 2011
Sinopse
Convencido de que Shujin só ficou namorando durante as férias de verão, Saiko decide encerrar a dupla Muto Ashirogi.
Só que ele não sabia que, na verdade, Shujin estava trabalhando no storyboard para um mangá de detetives, justamente o tipo de história que ele gostaria de fazer.
Quem descobre a coincidência é o editor Hattori, que tentará fazer com que os dois jovens voltem a trabalhar juntos.
E ainda, estão abertas as inscrições para a Golden Future Cup, concurso que determina uma das novas séries a fazer parte da tão sonhada revista Shonen Jump. Será que Shujin e Saiko conseguirão participar?
Positivo/Negativo
O jornalista Sidney Gusman, em 2009, escreveu uma coluna chamada A diferença entre editor e editor, na qual explicava que, na época, praticamente não existiam editores de quadrinhos no Brasil. Hoje, esse cenário mudou bastante, mas este número de Bakuman é praticamente um exemplo quadrinizado do que o editor-chefe do Universo HQ menciona em seu texto.
A figura que até muito tempo chamamos de editor no Brasil - aquela pessoa que pegava o material estrangeiro e o preparava para ser publicado no Brasil - é completamente diferente do que se vê na figura do senhor Hattori, em Bakuman.
Nesta edição, quando a dupla Muto Ashirogi está se separando, seguindo por um caminho em que os dois desperdiçariam seu potencial, é o trabalho do editor que os reúne, levando-os a ser mais do que amadores talentosos e transformando-os em profissionais.
Ele sabe como deve forçá-los, mostra em que podem melhorar, é duro com os autores quando os jovens insistem em criar um sucesso mainstream, como dezenas de mangás de lutas publicados na Shonen Jump e, quando ambos se encontram no gênero policial, Hattori levanta todo o material que deveriam ler e conhecer para terem bons exemplos a seguir.
Também surge algo que será muito importante para a série: o time Fukuda. Quando Saiko trabalha com Eiji, ele conhece Fukuda e Nagai e, junto com Eiji, eles passam a cooperar com o intuito de fazer uma competição de alto nível entre si.
É curioso o que acontece: eles querem vencer os demais e ter os seus mangás publicados como os melhores da Shonen Jump, mas, ao mesmo tempo, pretendem que, como grupo, consigam mudar a revista para algo melhor, que faça os leitores vibrar.
Outro bom momento é a reunião de editores da Jump. Na verdade, é o grande clímax da edição, quando você começa a ler tenso, torcendo para que o mangá policial Detetive Trap vire série.
É muito interessante acompanhar o processo de escolha dos editores, ver como eles planejam a revista, o que vão lançar e o que vão cancelar.
Enfim, como dito na resenha da edição anterior, este não é um mangá qualquer; é um exemplo (ficcional, claro, apesar de focado na Jump) de vários elementos dos grandes hits dos quadrinhos japoneses, que chegam às nossas mãos de forma totalmente diferente do que são lançados e produzidos no Japão. Bakuman ajuda muito a entender esse universo.
Classificação: