BAMBI – VOLUME 2
Autor: Atsushi Kaneko (roteiro e arte).
Preço: R$ 22,00
Número de páginas: 200
Data de lançamento: Agosto de 2006
Sinopse: Pampi foi levado para uma cidadezinha dominada pela Bloody Gang Mama, um bando de criminosos chefiado por uma matriarca corpulenta e impiedosa.
Mas os bandidos não esperavam que Bambi tivesse escapado com vida. Agora, a adolescente de cabelos rosa está enfurecida e vai fazer suas pistolas automáticas funcionarem pra valer.
Depois, o caminho de Bambi ainda será cruzado por uma gangue de caminhoneiros que fazem mais do que transportar cargas e com o do ex-campeão de luta-livre Platina Mask. Todo mundo atrás dos 500 milhões de ienes para quem matar a moça - desde que o menino não sofra um arranhão sequer.
Enquanto isso, Gabba King se desespera, pois, sem o garoto, diz estar envelhecendo. E seu braço direito, Charlie, está tentando de tudo para impedir isso.
Positivo/Negativo: O gancho que Atsushi Kaneko deixou no final
do primeiro volume dura pouco mais
de 70 páginas. Quando Bambi vai atrás do menino Pampi, sobra pouca gente
pra contar a história. Ela vai destroçando os inimigos até chegar ao duelo
final com a Mama que chefiava a gangue. Como em filmes do estilo Duro
de matar.
Mas a partir deste ponto começa a aparecer uma característica interessante. Ao mesmo tempo em que o traço do autor tem uma inclinação para o underground, sua trama passa a seguir o "esquema" dos mangás de ação: a cada inimigo derrotado surge outro mais forte, que dará mais trabalho à protagonista. Como se fossem as fases de um videogame.
O lado positivo é que Kaneko utiliza isso para contar as histórias desses coadjuvantes. É legal, por exemplo, saber mais sobre o líder dos caminhoneiros e o Platina Mask.
No entanto, a trama principal pouco evolui. Ainda não se sabe por que Gabba King precisa tanto do menino (apesar de já ser possível arriscar palpites) e nem quem são ou o que pretendem os "velhos", que seriam os chefes de Bambi.
A única revelação deste volume é o nome do homem que está seguindo Bambi e trabalhando para Gabba King: Tanahashi. Ele, enfim, consegue conversar com a garota, mas o papo é curto. Ela não tem tempo para as histórias do cara.
A arte continua sendo o ponto alto da obra, com uma narrativa veloz e um traço que casa bem com a "sanguinolência" da trama. Apesar disso, há um erro grotesco de continuidade nas páginas 172 e 173: o Platina Mask segura a cabeça de um homem com a mão direita e, depois de esmagá-la, o sangue e os restos de carne e olhos estão na esquerda. Faltou atenção ao autor e ao editor original.
Desta vez, a edição, como no original, foi impressa em duas cores: parte em roxo e parte em laranja. É algo que não acrescenta nada à série. Se fosse em preto apenas, talvez se conseguisse até baratear o custo para o leitor.
O final do livro traz um texto curto sobre Bambi, informando que, no Japão, a série teve tanta repercussão que várias bandas foram reunidas para gravar a "trilha sonora" do mangá e que o CD virou um item de colecionador.
No entanto, há uma forçada de barra no final do artigo, ao comparar o estilo de Bambi com obras como Yuki, Battle Royale e Blade - A Lâmina do Imortal, coincidentemente, todos publicados pela Conrad. Ora, o único ponto em que essas obras se parecem é o clichê do sangue sendo derramado sem parar, nada mais.
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