Após dois meses ausente, a série Batman & Robin volta à revista. E não há dúvidas de que isso representa uma melhora.

Ainda mais com as duas aventuras deste mês, que prometem o melhor arco da série. Grant Morrison faz o que lhe é habitual: cavouca a mitologia do personagem, embrulha diversos elementos com suas próprias histórias e entrega suspense, ação e mistérios ao leitor.

Histórias como a do culto de Barbatos em Gotham City (publicadas pela editora Abril em 1991, nos números 18 e 19 da revista Batman, em formato americano) e da minissérie O messias, se ligam a elementos recentes como os dominós e a Oberon Sexton, introduzidos por Morrison.

O final desta edição é de perder o fôlego com a quantidade de perguntas prestes a serem respondidas, sem falar na ligação estreita com a minissérie O retorno de Bruce Wayne, também escrita por Morrison, que a Panini fez o "favor" de publicar em outra revista, obrigando o leitor a comprá-la.

A arte de Andy Clarke é muito bonita - ele é outro desenhista de Batman & Robin que sabe coreografar muito bem cenas de luta e de ação.

Encerra a edição Ruas de Gotham.

Infelizmente, o que começou bem se encaminha mal. Mike Benson escreveu uma história do Batman detetive. Até aí, nenhum problema.

Estranho são o comportamento e as falas do Batman e do comissário Gordon. Eles pouco parecem os personagens a que o leitor está acostumado. A personalidade deste Dick Grayson não é a mesma do roteirizado por Morrison.

Isso demonstra falta de cuidado do editor responsável pelas diversas revistas do herói em encontrar uma unidade saudável entre todas elas.

A arte de Dustin Nguyen e Derek Fridolfs, com as cores de John Kalisz reproduzem o clima adequado para essa história de investigação de assassinatos em série. Mês que vem, a conclusão.

No mês em que a revista Batman tem a série Batman & Robin no seu miolo, a qualidade está garantida. Por isso, o bom é que no próximo número tem mais.