BATMAN # 16
Título: BATMAN # 16 (Panini Comics) - Revista mensal
Autores: Batman - Jeph Loeb (roteiro) e Jim Lee (desenhos);
Gotham Knights - Scott Beatty (roteiro) e Roger Robinson (desenhos);
Detective Comics - Ed Brubaker (roteiro) e Tommy Castillo (desenhos);
Batgirl: Ano Um - Scott Beatty & Chuck Dixon (roteiro) e Marcos Martin (desenhos).
Preço: R$ 6,00
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Março de 2004
Sinopse: Thomas Elliot é enterrado e, em meio à investigação para descobrir o responsável por mais esta morte, Batman revela um importante segredo à Mulher-Gato.
Na segunda parte de O Ataque do Cavalo, a Caçadora consegue escapar do Xeque-Mate. Ao menos, é isso que ela e Batman pensam.
Corpo de Delito chega à quarta parte, com Batman cada vez mais próximo da verdade sobre Paul Sloan.
O Mariposa Assassina pode não fazer parte do primeiro time de vilões de Gotham City, mas agora ele tem um parceiro "incendiário". É mais um capítulo de Batgirl: Ano Um.
Positivo/Negativo: No oitavo capítulo da saga Silêncio há o funeral de Thomas Elliot, uma conversa sobre relacionamentos, a interceptação de um roubo e a revelação de um segredo.
Parece muita coisa em se tratando de Jeph Loeb e seus roteiros extremamente lentos, mas, na verdade, não é.
Ainda que a aventura desta edição tenha um bom momento nos diálogos entre Batman e Asa Noturna, as narrativas em off uma vez mais conduzem a narrativa. E se no início da saga elas chegavam a ser interessantes, agora são apenas irritantes.
Desde o começo, Batman se questiona sobre absolutamente tudo que acontece ao seu redor, e isso faz com que ele trate o misterioso seqüestro do primeiro capítulo como o início de uma maquinação das mais diabólicas, quando, na realidade, tudo parece extremamente ridículo se observado mais atentamente.
Não há uma história de verdade até agora, e o que Batman realmente precisa nas mãos de Jeph Loeb, é de um terapeuta.
Grande parte do mito do herói se deve à sua alma atormentada, devido ao assassinato de seus pais, mas o escritor extrapola todos os limites ao usar isto de maneira tão indiscriminada, que chegam a parecer caricatas as indagações de Batman.
Loeb sabe escrever, e percebe-se isso em vários de seus diálogos, mas depois de oito capítulos, sua enrolação, que no início era tolerável, agora não é mais.
Isto não significa que Silêncio seja medíocre, já que é melhor do que a maioria das sagas recentes de Batman, mas o fato de ela ter sido uma campeã de vendas nos Estados Unidos chega a ser intrigante.
Talvez fosse o desejo de ler uma grande história, ou conferir os belos desenhos de Jim Lee. Mas o que no começo parecia ser um ótimo Batman, nada mais era do que a boa vontade do fã se fazendo presente.
Em Gotham Knights, a Caçadora consegue fugir do Xeque-Mate, enquanto Batman e Robin discutem assuntos mais triviais.
Mesmo mostrando uma evolução no argumento, em relação à edição anterior, não é uma história que empolgue. Entretanto, alguns detalhes mostrados na trama podem vir a ser interessantes. O jeito é esperar a conclusão no próximo número.
Mais uma parte de Corpo de Delito, ainda com o mistério sobre os reais motivos dos assassinatos cometidos por Paul Sloan.
É curiosa a semelhança entre essa história e a da saga Silêncio. Muitos personagens, principais ou não, são os mesmos, e a trama nebulosa também é similar. Haja boa vontade (mais uma vez) do leitor para tanta redundância.
Se pouca coisa empolgava até aqui, chegam as 24 páginas finais da revista, para salvá-la de um completo marasmo.
Na melhor história deste Ano Um, a Batgirl quase não aparece, e a atenção é toda dirigida ao Mariposa Assassina e seu novo parceiro.
A maneira como é mostrada a gênese do novo e psicótico vilão ficou ótima, e tudo leva a crer que a continuação será ainda melhor.
Até aqui, Chuck Dixon, Scott Beatty e Marcos Martin realizam um ótimo trabalho, que só tem como ressalva o fato de ser algo como "histórias não contadas da Batgirl".
Seria mais interessante ver o trio trabalhando em aventuras atuais da personagem, ou mesmo de outros heróis que não passam por momentos dos mais inspirados.
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