BATMAN # 19
Título: BATMAN # 19 (Editora Abril) - Revista mensal
Autores: Batman - Greg Rucka (roteiro), Shawn Martinbrough (desenhos), Steve Mitchell (arte-final);
Batgirl - Kelley Puckett (argumento), Damion Scott (desenhos) e Robert Campanella (arte-final);
Mulher-Gato - Jordan B. Gorfinkel (roteiro), N. Steven Harris (desenhos) e Wayne Faucher (arte-final);
Asa Noturna - Chuck Dixon (roteiro), Greg Land (desenhos) e Drew Geraci (arte-final);
Robin: Ano Um - Chuck Dixon e Scott Beatty (roteiro), Javier Pulido (desenhos) e Robert Campanella (arte-final).
Preço: R$ 10,00
Data de lançamento: Janeiro de 2002
Sinopse: Batman - Durante a Terra de Ninguém (conforme mostrado em Batman Premium #2), o Parque Robinson ficou sob controle de Pamela Isley, mais conhecida como Hera Venenosa, que se comprometeu a tomar conta das crianças órfãs que adotara, plantar apenas o necessário e fornecer provisões para a cidade. Agora, entretanto, Gotham está reerguida, e o prefeito pretende despejar a assassina a qualquer custo, inclusive atingindo as crianças aliadas a ela. Cabe ao Homem-Morcego evitar que o pior aconteça. Enquanto isso, Lucius Fox e a diretoria das Empresas Wayne contratam uma nova guarda-costas para Bruce.
Batgirl - Nossa morceguinha preferida cruza o caminho de um louco fracassado atrás da mulher que o demitiu, e aprende, de forma trágica, um pouco mais sobre sua missão.
Mulher-Gato - Selina Kyle vai até o México e cai na armação de um advogado corrupto envolvido com tráfico de crianças. Como não poderia deixar de ser, decide revidar.
Asa Noturna - Dick Grayson, que hoje atua também como policial em Bludhaven, resolve um caso de violência conjugal. E o Sr. Desmond, ou Arrasa-Quarteirão, líder do crime organizado na cidade, contrata Shrike para eliminar o herói.
Robin Ano Um - Robin derrota sozinho o Mariposa Assassina. Duas-Caras seqüestra o Juiz Lawrence Watkins, que julga culpado pela "morte" de Harvey Dent. Por considerá-lo um maníaco perigoso demais, Batman pede a Robin que não se envolva. O Menino-Prodígio, claro, não obedece, e as coisas não acabam bem.
Positivo/Negativo: Há muito a ser dito sobre esta edição, começando pela capa: um bom trabalho do desenhista brasileiro Renato Guedes, mas que apresenta Batman com a elipse amarela no emblema peitoral e a versão antiga do cinto de utilidades, que não correspondem à atual fase do personagem. Falha dos editores.
Outro ponto negativo vai para a aventura desnecessária da Mulher-Gato, com texto e desenhos que deixam muito a desejar, e nenhum conflito que realmente desperte a atenção do leitor. Vale ainda perguntar por que a nova Arlequina, com histórias escritas pelo sempre divertido Karl Kesel, não está sendo publicada.
Por outro lado, é bom ter uma história do Asa Noturna que não faça parte de nenhum crossover como Terremoto ou Terra de Ninguém. Parece que os pedidos dos fãs, enfim, foram atendidos, depois de 50 edições americanas do personagem. O problema é que toda uma nova vida foi criada para o líder dos Titãs, e os fãs estão perdidos. Faltou um texto explicativo para situar o leitor. Atenção para a beleza naturalista da arte de Greg Land.
Em Robin: Ano Um, Dixon modifica e expande uma cena que ele próprio havia escrito (publicada no Brasil em Batman: Vigilantes de Gotham #1), que marcou o início da saga Filho Pródigo, na qual Robin comete sua primeira grande falha e é espancado pelo Duas-Caras.
A caracterização do Discípulo do Morcego, uma vez mais, está perfeita. Um detalhe não comentado pela Abril é que o Arrasa-Quarteirão estilo Hulk, citado rapidamente nesta história, é o mesmo inimigo frio e inteligente de Asa Noturna no presente. A mudança evolutiva foi decorrente de um acordo com o demônio Neron, durante a saga Vingança do Submundo.
A história da Batgirl é uma grande lição sobre o verdadeiro heroísmo, sobre como fracassos, frustrações e sofrimento podem ser convertidos em bons sentimentos na luta por um mundo melhor. É praticamente impossível não admirar a personagem.
O grande destaque positivo vai para a história do Batman por Greg Rucka. A coloração diferenciada e o desenho de Martinbrough, angular e caricato, algo estático, à primeira vista, teriam lugar apenas numa revista da linha Vertigo ou mesmo numa editora independente. Mas a verdade é que Rucka está revolucionando as histórias do Morcego e, por isso, o aspecto visual inusitado é um grande acréscimo ao seu texto.
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