BATMAN # 2 - NOVOS 52
Editora: Panini Comics - Revista mensal
Autores: Perda de confiança (Batman # 2) - Scott Snyder (roteiro), Greg Capullo (desenhos), Jonathan Glapion (arte-final) e FCO (cores);
O fim da brincadeira (Detective Comics # 2) - Tony Salvador Daniel (texto e arte), Ryan Winn e Sandu Florea (arte-final) e Tomeu Morey (cores);
Fluxo de sangue (Batman - The Dark Knight # 2) - Paul Jenkins (roteiro/argumento), David Finch (desenhos/argumento), Richard Friend (arte-final) e Alex Sinclair (cores).
Preço: R$ 5,90
Número de páginas: 64
Data de lançamento: Julho de 2012
Sinopse
Batman - Durante a investigação de uma morte misteriosa, Bruce Wayne é alvo de um novo assassino em Gotham City, que teria relação com a mítica Corte das Corujas.
Detective Comics - O Homem-Morcego está no rastro do Coringa, mas acaba se deparando com uma ameaça igualmente perversa.
Batman - The Dark Knight - Os internos do Asilo Arkham recebem doses de uma droga que os torna mais fortes e livres de inibições. E somente o Cavaleiro das Trevas está em seu caminho.
Positivo/Negativo
As séries mensais ligadas ao Batman na nova fase da DC Comics são exemplo claro de uma franquia que cresceu demais por conta do sucesso, mas não manteve a qualidade das histórias. A editora aposta em ilustradores consagrados que também passaram a roteirizar suas revistas, com resultados duvidosos.
Mas há exceções, como Scott Snyder e Greg Capullo, que mergulham o Cavaleiro das Trevas num turbilhão de mistério e emoções conflitantes, envolvendo uma enigmática sociedade secreta que manipulou eventos em Gotham City durante gerações.
A saga da Corte das Corujas é uma das gratas surpresas entre os Novos 52, tanto pelo roteiro quanto pelos desenhos. A única ressalva é que a trama de Snyder perde impacto em capítulos mensais, mas não deixa de ser um atrativo aos colecionadores.
Snyder foi uma grande descoberta da DC em sua fase pré-reboot, ao assinar as aventuras do Batman substituto, Dick Grayson, quando Bruce Wayne esteve perdido no tempo. E foi um acerto deixá-lo no comando do título central da franquia, com liberdade criativa para virar do avesso o universo do Morcego.
Por sua vez, Greg Capullo, veterano de títulos das editoras concorrentes como X-Force (Marvel) e Spawn (Image), se encaixa com perfeição no clima sombrio e carregado do vigilante urbano. Batman é uma série que faz por merecer o carinho dos fãs e a atenção da crítica especializada, afinal.
Já nos outros dois títulos publicados nesta edição, os criadores parecem perdidos. Tony Salvador Daniel até se esforça para manter as situações imprevisíveis e o suspense cada vez maior. Porém, após a última página surpreendente da primeira edição, sua trama segue por caminhos bem conhecidos e pouco atraentes aos fãs de longa data. Até um romance entre Bruce Wayne e uma jornalista sem personalidade ele tratou de inventar.
Sem dúvida, Daniel se sai melhor como desenhista do que como homem das ideias.
E a parceria entre Paul Jenkins e David Finch rende a pior história da revista, apresentando o confronto entre Batman e um Duas-Caras "bombadão", com aparições de Asa Noturna, Robin, Batgirl, Batwoman e das Aves de Rapina. Triste perceber o roteirista, de tantos e bons trabalhos de cunho mais psicológico no currículo, conseguiu decair tanto.
Hoje, os títulos de Batman no Brasil estão divididos entre duas revistas mensais, além dos especiais com a série Corporação Batman, de Grant Morrison. Um grande avanço para o personagem que, tempos atrás, nem conseguia emplacar uma série regular.
Mas como estamos em uma época em que os maiores sucessos dos super-heróis acabam republicados em edições luxuosas, seguir comprando revistas mix em que apenas uma entre três histórias vale a pena, pode já não ser a melhor opção.
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