Título: BATMAN #20 (Editora Abril) - Revista mensal

Autores: Batman - Greg Rucka (roteiro), Rick Burchett (desenhos) e Rodney Ramos (arte-final);
Batgirl - Kelley Pucket (roteiro), Damion Scott (desenhos) e Robert Campanella (arte-final);
Robin Ano Um - Chuck Dixon e Scott Beaty (roteiro), Javier Pulido (desenhos) e Robert Campanella (arte-final)
Asa Noturna - Chuck Dixon (roteiro), Greg Land, Rick Leonardi e Mike Lilly (desenhos), Drew Geraci, Jesse Delperdang e Mark Farmer (arte-final).

Preço: R$ 10,00

Data de lançamento: Fevereiro de 2001

Sinopse: Um tiroteio entre membros da Tríade da Mão Feliz e a polícia de Gotham resulta na morte de dois oficiais. Quando Batman chega, os criminosos já estão fugindo com um minuto de vantagem.

Em meio à fuga, derrubam num penhasco um carro com uma família inocente, que acaba submergindo nas águas profundas. O Homem-Morcego está disposto a capturar os assassinos, mas terá tempo de resgatar os inocentes se nem sabe onde estão e que têm poucos minutos de vida?

Batgirl - Um padre começa a matar pessoas inocentes em suas casas e, quando preso, não tem como explicar suas ações. Depois, um veterano abre fogo com sua metralhadora e quase transforma as ruas de Gotham numa praça de guerra. Quando investiga a possível conexão entre os dois casos, Batgirl é atingida pelo suspeito e, ao despertar, presencia o Coringa matando o Batman e parodiando insanamente uma das mais conhecidas músicas de Britney Spears. O que significa isso tudo?

Robin Ano Um - O jovem Dick Grayson, afastado de seu cargo de Robin, envolve-se com Shrike, da Liga de Assassinos, que treinava um grupo de jovens ninjas, com um contrato para executar Harvey Dent, o Duas-Caras. Dick tem sua chance de vingança. Qual será a decisão do maior sidekick dos quadrinhos?

Asa Noturna - Dick Grayson cai numa armadilha preparada pelo novo Shrike, e acaba aprisionado, à mercê de uma nova gangue de ninjas. O ex-discípulo do Morcego, obviamente, estava preparado para resistir até o fim. Oráculo e Canário Negro, ao descobrirem o que aconteceu com Asa Noturna, também partem para ajudá-lo. E o leitor mal consegue respirar em meio à luta decisiva.

Positivo/Negativo: Rucka e Burchett abrem a edição com uma história perfeita. Simples, sem grandes vilões ou acontecimentos bombásticos, mas que expõe com mestria a cruzada de Batman pela justiça.

Rucka é capaz de fazer em apenas 22 páginas o que muitos não conseguem em sagas inteiras. Um belo trabalho que agrada os profundos conhecedores do Morcego e também é altamente recomendada a leitores novos que queiram entender o personagem.

Não obstante, os maiores astros aqui são o roteirista Chuck Dixon e o Robin original, Dick Grayson, hoje Asa Noturna. Dixon sempre foi um escritor de altos e baixos, mas Robin Ano Um é certamente um dos melhores momentos de sua carreira, o mais potente acréscimo ao mito do Menino-Prodígio nos últimos tempos.

Como Marv Wolfman e George Pérez, que reinventaram o personagem na revista Novos Titãs, quando Dick abandonou o uniforme de Robin e adotou a identidade de Asa Noturna, marcando seu amadurecimento e independência, Dixon acrescenta novas dimensões ao período em que o herói ainda estava sendo forjado. Além da magnífica arte de Javier Pulido, algumas referências tornam tudo ainda mais especial, entre as quais sobressaem a cena com o Coringa, dizendo que seria o próximo a (pelo menos) espancar o jovem herói; e a primeira vez em que Robin e Bárbara Gordon trocam olhares. Boas sacadas.

Na conclusão da saga de Asa Noturna contra Shrike, Dixon continua o bom trabalho, no qual ganha destaque a relação entre o protagonista, Bárbara Gordon/Oráculo e Canário Negro.

A história da nova Batgirl, uma trama que cairia bem em qualquer Além da Imaginação ou Arquivo X, também é boa leitura.

De negativo, o fato de que cada uma das histórias tem um desenhista diferente, devido à contratação de Greg Land pela Crossgen Comics. A maior falha está na capa da revista, cuja ilustração não corresponde ao conteúdo de nenhuma das histórias.

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