Autores: Cidade Castigada - Brian Azzarello (roteiro) e Eduardo Risso (desenhos);

A Morte e as Donzelas - Greg Rucka (roteiro) e Klaus Janson (desenhos).

Preço: R$ 6,50

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Setembro de 2004

Sinopse: Na tentativa de solucionar um assassinato, Batman se envolve numa conspiração muito maior do que imaginava.

Na segunda aventura, Ra's Al Ghul resolve pedir algo um tanto inusitado a Batman.

Positivo/Negativo: Nesta edição são publicadas as três primeiras partes do arco Cidade Castigada, concebido pela dupla responsável por 100 Balas, Brian Azzarello e Eduardo Risso.

Depois de um ano inteiro com o Batman chatíssimo e previsível de Jeph Loeb, o leitor confere agora um personagem bem diferente daquele que estava acostumado a acompanhar e, talvez devido a isto, muito instigante.

Azzarello deixou de lado algumas das velhas convenções que regem o herói, deixando-o com um jeitão bem canalha, muito mais violento do que o normal e, o melhor, com um humor negro voltado para si próprio, principalmente nos balões de pensamento. Algo, no mínimo, diferente de tudo já feito com o Morcegão nas últimas décadas.

Apesar de o roteirista ter quebrado certas regras, é bom frisar que nada foi deturpado. Ele realça algumas nuances, tratando Batman como um detetive de verdade, disposto a tudo (ou quase) para desvendar os mistérios em suas mãos.

O efeito "detetivesco" da trama não teria o efeito desejado sem os fantásticos desenhos de Risso. Ele trata as sombras como parceiras do Homem-Morcego, e com uma elegância tamanha, que fica difícil não voltar à mesma página várias vezes.

Em diversas partes percebe-se uma nítida influência do Cavaleiro das Trevas de Frank Miller. Mais nas cores e sombreamentos do que nos enquadramentos cinematográficos, tão característicos do autor.

Com roteiro e arte espetaculares, é uma das grandes histórias do Batman dos últimos anos e, com certeza, merece ser conferida.

Merece destaque a iniciativa da Panini, de ter dividido a saga de seis partes em apenas duas edições da revista. Nada como os doze meses de Silêncio.

A história que fecha a edição é a primeira parte da minissérie A Morte e as Donzelas, que traz a "suposta" derradeira batalha de Ra's Al Ghul com Batman.

Apesar de Greg Rucka não ser um roteirista ruim, este início é péssimo, com direito a clichês vários e uma trama que não mostra a que veio.

De interessante há a chance de rever a arte de Klaus Janson, que não compromete nunca.

Espera-se que nos próximos números a história melhore, já que potencial um personagem como Ra's Al Ghul tem de sobra.

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