BATMAN # 41
Título: BATMAN # 41 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Por Trás da Máscara - Judd Winick (roteiro), Doug Mahnke (desenhos) e Tom Nguyen (arte-final);
Cidade do Crime - David Lapham (roteiro e esboços), Ramon Bachs (desenhos) e Nathan Massengill (arte-final);
Decifre Isso - Shane McCarthy (roteiro), Tommy Castillo (desenhos) e Rodney Ramos (arte-final).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Abril de 2006
Sinopse: Por Trás da Máscara - O conflito entre Máscara Negra e Capuz Vermelho chega a Batman, que faz parceria com Asa Noturna.
Cidade do Crime - Solto, o Sr. Frio é suspeito de ter seqüestrado Cassie.
Decifre Isso - O Charada está de volta. E, desta vez, com uma violência incomum.
Positivo/Negativo: Esta revista faz parte de uma safra bastante infeliz de histórias do Homem-Morcego, a começar pelo anticlímax. Cronologicamente, a publicação está situada logo após uma saga relativamente importante e empolgante como Jogos de Guerra. Mas, apesar disso, três quartos do seu conteúdo não dão continuidade à história, por conta de uma decisão equivocada da DC Comics na época.
Um dos motivos é uma série tão badalada quanto decepcionante: Cidade do Crime. O roteiro é do autor da série cult Balas Perdidas, um belíssimo título policial já publicado no Brasil pela Via Lettera.
O problema é que Lapham não se deu bem em suas incursões com heróis. Nem em Demolidor versus Justiceiro, na Marvel (que saiu aqui na recém-extinta Demolidor), nem neste Batman longo e arrastado, que simplesmente não consegue empolgar.
Menos compreensível é o arco Decifre Isso, que ganha duas histórias nesta edição. Também posicionado antes de Jogos de Guerra, é uma das piores reformulação de personagens que já se viu. O até então nostálgico Charada se transforma em um arremedo de vilão inspirado num pastiche do movimento emo.
No lugar da excêntrica roupa verde, a equipe criativa opta por um traje preto com golas e uma tatuagem em forma de ponto de interrogação no pescoço. O que poderia ser interessante ficou parecendo uma piada desrespeitosa.
Dando seqüência aos Jogos de Guerra, só a história que abre a edição, com cenas interessantes entre Batman e seu primeiro Robin, hoje Asa Noturna. Mas a condução é fraca - o que vai atrapalhar nos próximos números, quando uma revelação bombástica será feita sem que as antecessoras tenham criado o clima adequado.
Classificação: