BATMAN # 55
Título: BATMAN # 55 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Cara a cara - Parte 3 - James Robinson (roteiro), Leonard Kirk (desenhos), Andy Clarke e Wayne Faucher (arte-final);
Cara a cara - Parte 4 - James Robinson (roteiro), Don Kramer (desenhos), Michael Bair e Wayne Faucher (arte-final);
Crime verdadeiro - Christos N. Gage (roteiro), Ron Wagner (desenhos) e Bill Reinhold (arte-final);
Prazer em conhecê-lo... Espero que adivinhe meu nome! - Bruce Jones (texto), Joe Dodd (desenhos) e Bit (arte-final).
.Preço: R$ 6.90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Junho de 2007
Sinopse: Cara a cara - Depois do KGBesta, Magpie aparece morta. E pistas levam a Harvey Dent, ex-Duas Caras, que guardou Gotham na ausência de Batman.
Crime verdadeiro - Mark Prather, um escritor que investiga crimes sem solução, está prestes a lançar um livro em que denuncia Thomas Wayne como um assassino serial.
Prazer em conhecê-lo... Espero que adivinhe meu nome! - Dick Grayson enfrenta Jason Todd.
Positivo/Negativo: A boa fase de Batman em Um Ano Depois continua nesta edição, depois de um longo período em que a revista levou nas costas histórias de baixíssima qualidade. Afinal, as boas aventuras do personagem eram contadas paralelamente à revista de linha, em minisséries como Batman - Ano Cem.
É aí que a nova fase da revista faz diferença. Atuando dentro da cronologia, James Robinson transforma Cara a cara em uma das melhores histórias do Homem-Morcego nos últimos anos.
Em suas páginas, Batman aceita Robin de volta (a seqüência final, em que os dois lutam separadamente, é bárbara), faz as pazes com Harvey Bullock e vê a morte de vários integrantes de sua galeria de vilões.
Robinson acerta até mesmo na escolha dos mortos: são personagens que tiveram bom destaque no passado, com capacidade de apertar os botões de nostalgia no cérebro dos leitores, mas que tinham sido deixado de lado por roteiristas recentes, como KGBesta, Magpie e o Ventríloquo.
A única coisa que atrapalha é um deslize de continuidade do colorista: o sangue da cabeça do Ventríloquo some e reaparece o tempo todo ao longo da aventura.
Christos N. Gage começa uma trama com um argumento bacana: o pai de Bruce Wayne vai ser acusado de assassinato postumamente. É uma forma interessante de atingir os brios do Morcego, que funciona muito bem.
A arte, porém, não ajuda: tanto os desenhos quanto as cores são bacanas, mas datados. E a impressão é que a história é bem mais antiga.
Com seu traço inspiradíssimo em mangá, o Asa Noturna continua como uma trama mediana. Bruce Jones parece estar tocando a série sem grandes pretensões. Em Hulk, a essas alturas, o roteirista já tinha deixado clara a sua proposta - e havia arrancado elogios de público e crítica.
A revista acaba deixando espaço para três comentários a respeito da edição brasileira. Uma diz respeito ao título da HQ do Asa Noturna, uma referência a dois versos de Sympathy for the Devil, dos Rolling Stones, que passou sem nota nenhuma.
A outra é a ausência de qualquer menção de que Crime Verdadeiro se passa antes ainda da saga Jogos de Guerra. Por fim, é muito bem-vinda a implementação da página de resumos das edições anteriores, cada vez mais importante para reavivar a memória dos leitores.
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