BATMAN # 59
Título: BATMAN # 59 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: E. Nigma, detetive particular - Paul Dini (roteiro), Don Kramer (desenhos), Wayne Faucher (arte-final) e John Kalisz (cores);
Regras de compromisso - Andy Diggle (roteiro), Whilce Portacio (desenhos), Richard Friend (arte-final) e ILL (cores);
Incêndio no inferno - Bruce Jones (texto), Robert Teranishi (desenhos), Wes Craig (arte-final) e Guy Major (cores);
Batman & filho - Grant Morrison (roteiro), Andy Kubert (desenhos), Jesse Delperdang (arte-final) e Dave Stewart (cores).
.Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Outubro de 2007
Sinopse: E. Nigma, detetive particular - O Charada, ex-bandido, agora detetive, chega à Mansão Wayne e diz ser capaz de inocentar Bruce Wayne de um assassinato.
Regras de compromisso - Batman desvenda o mistério do robô da Waynetech e de sua relação com Lex Luthor.
Incêndio no inferno - O apartamento de Cheyenne pega fogo - e Asa Noturna parte para salvá-la.
Batman & filho - Londres é atacada por uma legião de morcegos-humanos ninja.
Positivo/Negativo: É fato que a revista Batman se deu bem em Um Ano Depois. Tudo bem que nem tudo é perfeito (Portacio e Asa Noturna não deixam o leitor esquecer disso), mas pelo menos a fase mais medonha ficou no passado.
A boa notícia que abre esta edição é a recuperação do Charada, um vilão que tinha passado por um massacre nas mãos dos roteiristas anteriores. Na versão pré-Crise Infinita, o bandido tinha se transformado em um arremedo chinfrim de emo, coisa que dava até dó de tão ruim.
Nesta edição, Paul Dini o redime. Apresenta o bom e velho Charada, agora regenerado, mas ainda arguto e com o traje cheio de interrogações. É velho, sim, e um tanto quanto ridículo. Mas o fato é que, nas mãos de roteiristas sagazes, funciona. É o que Dini prova.
O roteirista optou por fazer histórias que se encerram em si mesmas durante sua passagem em Detective Comics. O clima é o mesmo das adaptações do desenho Batman - The Animated Series, co-criado por ele: histórias rápidas que vão no cerne do Homem-Morcego e extraem o que o herói tem de melhor.
A outra atração da edição é a segunda parte do arco Batman & filho, de Grant Morrison e Andy Kubert. A dupla faz uma excelente HQ de linha, em que até o cenário é importante para a fluidez da história, com os quadros do museu servindo como gags para as piadinhas.
O ritmo é insano: a história abre com uma gostosona (aos moldes da Tempestade dos X-Men), logo surgem morcegos humanos ninja para, em seguida, Batman ter uma revelação surpreendente diante de sua antiga amante, Tália.
Pena que o alto nível das duas histórias tenha que conviver com séries fracas, como o primeiro arco de Batman Confidencial e Asa Noturna.
Nesta edição, a história de Diggle melhora significativamente em relação à anterior e até parece interessante. O problema é que a arte de Portacio fica aquém de qualquer comentário. É velha, datada e, ainda por cima, feia demais.
Mas ruim mesmo é a passagem de Bruce Jones por Asa Noturna. A essas alturas, não dá sequer para entender o que ele está fazendo com o personagem. As histórias são enfadonhas, Dick Grayson está insosso, os coadjuvantes simplesmente foram largados sem desenvolvimento e aparentemente não há rumo algum para a trama. A série chegou num ponto em que dificilmente será revertida.
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