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BATMAN # 61

1 dezembro 2007


Título: BATMAN # 61 (Panini
Comics
) - Revista mensal

Autores: A noite do Pingüim - Paul Dini (texto), Don Kramer (desenhos), Wayne Faucher (arte-final) e John Kalisz (cores);

Regras de compromisso - Andy Diggle (texto), Whilce Portacio (desenhos), Richard Friend (arte-final) e I.L.L. (cores);

Alvos - Marv Wolfman (texto), Dan Jurgens (desenhos), Norm Rapmund (arte-final) e Moose Baumann (cores);

Batman & Filho - Grant Morrison (texto), Andy Kubert (desenhos), Jesse Delperdang (arte-final) e Guy Major (cores).

.Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Dezembro de 2007

Sinopse: A noite do Pingüim - Ao abrir seu novo cassino, o regenerado Pingüim acaba abrigando um esquema de jogadores ilegais. Mas contará com o auxílio de dois de seus convidados: Bruce Wayne e Lois Lane.

Regras de compromisso - Luthor dá um contragolpe nos Estados Unidos e em Batman, que acaba enfrentando um batjato descontrolado dentro da batcaverna.

Alvos - Em Nova York, Dick Grayson enfrenta o Predador. E também ouve vozes que avisam: ele devia ter morrido durante a Crise.

Batman & Filho - Seguindo a orientação de Damian, Batman vai até uma Gibraltar tomada por morcegos-humanos para enfrentar Tália.

Positivo/Negativo: É impressionante como a revista Batman se recuperou em poucos meses. Depois de uma reforma geral durante o desfecho de Crise Infinita, com troca de autores medíocres pela papa fina do mercado norte-americano, o título do Homem-Morcego ficou com um mix bem interessante.

Nesta edição, a situação ainda melhora: Asa Noturna ganha um novo time criativo. O grupo anterior, liderado por Bruce Jones, era medonho. Agora, assumem as rédeas dois veteranos: Marv Wolfman, que revolucionou Dick Grayson nos Novos Titãs, e Dan Jurgens.

A história começa com uma rápida declaração de intenções do personagem feita em uma página, com um punhado de recordatórios. Em seguida, o herói parte para a ação, com um novo vilão e uma trama relacionada ao fato de que Asa Noturna estava escalado para morrer na minissérie Crise Infinita, mas o time editorial da DC mudou de idéia em cima da hora.

Não é nenhuma obra-prima, por enquanto, mas é uma história eficiente - e muito superior às barbaridades cometidas por Jones.

O arco de Batman Confidencial também deixa a desejar. Isoladamente, o roteiro de Diggle não parece ruim. Ele só arrisca uma abordagem mais tecnológica para o Morcego, algo natural quando se situa nos dias de hoje um bilionário que é dono de uma empresa chamada Waynetech.

O problema é o desenho de Portacio. A cada número o leitor depara com toda uma gama de aberrações artísticas. Na primeira página desta edição, por exemplo, há um Lex Luthor raquítico, mirradinho de dar dó! Mas há de se fazer justiça a uma melhora: a maioria das olheiras em torno dos olhos sumiram em boa parte dos quadrinhos, o que não deixa todos os personagens parecidos com guaxinins.

Há outra coisa que atrapalha: por incrível que pareça, o incensado Andy Kubert não segura a onda do roteiro de Grant Morrison na última parte do arco Batman & Filho. A Gibraltar infestada de morcegos-humanos tinha tudo para ser uma visão do inferno dantesco.

Não é isso que se vê, porém. Não há nada da grandeza do começo do arco em Londres. As páginas 86 e 87, destinadas a apresentar o cenário devastado, estão com diagramação pífia, que achatam a cena que poderia ser belíssima. É um desperdício. Uma pena. Sem dúvida, acaba limando o brilho do final da saga.

A história que acaba se destacando mais, no fim das contas, é A noite do Pingüim. Dini é um autor que cria roteiros elegantes, que revigoram conceitos antigos sem fazer um carnaval em cima do fato. É tudo discreto. Aos poucos, ele vem dando sua visão classuda da galeria dos vilões do Batman. E funciona incrivelmente!

Nesta edição, até o cinto de utilidades é citado, depois de anos.

A noite do Pingüim é uma aventura simples, concisa, de poucas páginas, mas rica em seus múltiplos cenários e personagens bem trabalhados. No fim, mesmo sem pretensões, é uma HQ antológica.

E, antes do desfecho, vale uma correção: apesar do que o editor diz na seção de cartas, o especial Os Maiores Super-Heróis do Mundo não chega às bancas neste mês, e sim em março.

Classificação:

4,0

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