BATMAN # 86
Editora: Panini Comics - Revista mensal
Autores: Os derradeiros dias de Gotham (Detective Comics # 851 e Batman # 684) - Denny O'Neil (roteiro) e Guillem March (arte);
O grande salto (Nightwing # 149) - Peter J. Tomasi (roteiro), Don Kramer (desenhos), Jay Leisten (arte-final) e Hi-Fi (cores);
O longo caminho para casa (Catwoman # 79) - Will Pfeifer (roteiro), David López (desenhos), Álvaro López (arte-final) e Jeremy Cox (cores).
Preço: R$ 7,95
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Janeiro de 2010
Sinopse
Os derradeiros dias de Gotham - Asa Noturna precisa parar o bando do Duas-Caras e mostrar que é um substituto digno para o posto de guardião de Gotham City.
O grande salto - Sofrendo alucinações por causa do gás do medo do Espantalho, Asa Noturna revive alguns momentos traumáticos de sua vida, enquanto Carol Bermingham está em perigo.
O longo caminho para casa - Finalmente, a Mulher-Gato chega a Gotham City. Mas ainda há muitas pontas soltas a acertar.
Positivo/Negativo
Um mês bastante fraco para a revista do Homem-Morcego.
Espera-se muito pouco das histórias do Asa Noturna, e a fase da Mulher-Gato ligada à saga Planeta dos condenados passa longe dos melhores trabalhos do roteirista Will Pfeifer.
Por isso, toda a expectativa fica sobre a primeira metade da edição, com roteiros do veterano Denny O'Neil. E isso só aumenta a frustração do leitor.
O'Neil, diferentemente de outras épocas, não consegue criar uma trama empolgante para o Batman. Ou melhor, para o Asa Noturna. Seria o personagem o problema?
A arte de Guillem March não compromete, tampouco empolga. As cores apagadas
da história tiram um tanto da vida e da ação da narrativa - mas não se sabe
se foi um problema de impressão ou meramente uma opção de March.
O mote de que Dick Grayson sente o peso da responsabilidade de ocupar o lugar
de Batman, e não se julga capaz de dar conta do recado é muito bom. Entretanto,
o enredo não ajuda.
A coadjuvante Millicent Mayne parece que vai ocupar um papel importante na
narrativa, o que não acontece. Os erros de Dick Grayson são banais e é quase
absurdo que ele os cometa.
Na segunda metade da edição, mais Asa Noturna e mais Duas-Caras. E, apesar de estar espacialmente depois, a narrativa se passa cronologicamente antes das histórias que abrem a revista.
Se Peter J. Tomasi não passa vergonha com seu Asa Noturna, o leitor não encontra muitas razões para se empolgar. A arte regular de Don Kramer revela falta de ousadia no momento em que Dick Grayson sofre os efeitos do gás do medo.
E, finalmente, a Mulher-Gato chega a Gotham City. Apesar de a história não andar direito, tem lampejos das grandes aventuras da felina e é a melhor do mix neste mês.
A revista sentiu a saída de Grant Morrison dos roteiros? Ou seria a presença quase onipresente de um personagem como Asa Noturna que atrapalhou o desempenho?
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