BATMAN # 97
Editora: Panini Comics - Revista mensal
Vida após a morte - O despertar (Batman # 692) - Tony Daniel (roteiro e desenhos), Sandu Florea (arte-final) e Ian Hannin (cores);
Leviatã (Streets of Gotham # 6) - Chris Yost (roteiro), Dustin Nguyen (desenhos), Derek Fridolfs (arte-final) e John Kalisz (cores);
A vingança do Capuz vermelho - A chegada do Flamingo (Batman & Robin # 6) - Grant Morrison (roteiro), Philip Tan (desenhos), Jonathan Glapion (arte-final) e Alex Sinclair (cores).
Preço: R$ 6,50
Número de páginas: 72
Data de lançamento: Dezembro de 2010
Sinopse
Batman - Faces Falsas, integrantes da quadrilha do Máscara Negra, aparecem mortos misteriosamente. E o Máscara Negra se cerca de aliados.
Leviatã - Batman e Robin procuram pela Caçadora e pelo Morcego Humano, mas eles estão na mira de um padre. Conclusão da história iniciada na edição anterior.
A chegada do Flamingo - A dupla dinâmica terá de lidar com o perigoso assassino profissional conhecido como Flamingo.
Positivo/Negativo
Neste mês, o leitor abre com algum receio a sua Batman, pois logo
primeira história do mix é do fraco desenhista Tony Daniel.
Com uma agravante: além do lápis, ele também é responsável pelo roteiro.
Mas isso é vencido em uma decente primeira página, que mal lembra o trabalho habitual de Daniel. A dupla seguinte é ainda melhor. Alguns leitores incrédulos podem até se sentir tentados a conferir de quem é a arte nos créditos. As páginas 4 e 5 ainda trazem algum refresco visual, embora já comecem a apontar para o traço habitual do artista.
Na seguinte, não há mais dúvidas: você está com a duvidosa arte de Daniel nas mãos e as páginas iniciais eram um caso à parte. Os rostos inexpressivos e iguais, a falta de proporção, os problemas de anatomia, está tudo ali. E o artista entrega exatamente isso até o final da aventura.
Quanto ao roteiro, é quase covardia comparar o criador de Tenth com Chris Yost e Grant Morrison. É de se pensar por que a DC Comics larga na mão de um artista tão inexpressivo uma de suas revistas mais importantes.
Daniel usa muito texto não funcional em recordatórios, conduzindo uma trama mediana, que ainda pode render algo, e só.
A segunda história da revista está nas mãos da equipe de criadores mais completa da edição. Chris Yost resolve bem a trama iniciada no mês anterior, com uma reviravolta no desfecho que ameaça forçar a mão, mas, no fim das contas, não há do que reclamar.
Tampouco é possível chiar dos recordatórios, aqui usados em boa medida. O lápis de Dustin Nguyen com a tinta de Derek Fridolfs dão o clima certo à trama. Destaque também para as cores de John Kalisz.
Cores que, aliás, estão muito bacanas em Batman & Robin, graças ao trabalho de Alex Sinclair. Mas não há dúvidas: o destaque é a trama insana de Grant Morrison.
Vilões que parecem saídos de um circo dos pesadelos, amarrados a uma noção de divulgação global via internet. Tudo isso, enquanto o leitor acompanha Dick Grayson em busca de se firmar como Batman.
Porém, no momento em que Dick parecia caber melhor no capuz, Jason Todd o coloca em dúvida sobre seus méritos para ser Batman e esse é o gancho para a próxima história.
Todos os artifícios textuais do escritor escocês vêm embalados na fraca arte de Philip Tan, que se não é lá muito bonita, ao menos não é confusa e permite que o leitor compreenda a trama - o que é um avanço em relação ao seu próprio trabalho na edição passada.
Se a Panini trocasse o Batman de Tony Daniel deste mix, pela Batwoman de A sombra de Batman, o leitor teria a melhor revista mensal de super-heróis nas mãos.
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