BATMAN # 98
Editora: Panini Comics - Revista mensal
Vida após a morte - Charadas (Batman # 693) - Tony Daniel (roteiro e desenhos), Sandu Florea (arte-final) e Ian Hannin (cores);
Cavaleiro da escuridão - Perolado e o poço (Batman & Robin # 7) - Grant Morrison (roteiro), Cameron Stewart (arte) e Alex Sinclair (cores);
Cavaleiro da escuridão - Batman Vs. Batman (Batman & Robin # 8) - Grant Morrison (roteiro), Cameron Stewart (arte) e Tony Aviña (cores).
Preço: R$ 6,50
Número de páginas: 72
Data de lançamento: Janeiro de 2011
Sinopse
Vida após a morte - Batman e a Caçadora terão de agir sem os uniformes. Enquanto o plano do Máscara Negra contra a família Falcone continua a se montar.
Cavaleiro da escuridão - Com Robin em recuperação depois do confronto com o Flamingo, Batman pede a ajuda de Cavaleiro e Escudeira para encontrar um poço de Lázaro em Londres.
Positivo/Negativo
Tony Daniel começa a mostrar pra onde vai a sua história do Homem-Morcego. Ele recupera conceitos importantes dentro da cronologia do Batman, como a família mafiosa Falcone, a Sociedade da Face Falsa, comandada pelo Máscara Negra, o envolvimento amoroso de Barbara Gordon e Dick Grayson e outros.
O plano de Daniel para o personagem é inteligente. E seus roteiros medianos conseguem garantir o mínimo pisando em terreno tão firme. Claro, a trama já aponta para algumas opções questionáveis - sobretudo a que envolve o Charada. E se o argumento, ainda que balance, se segura; o mesmo não se pode dizer da arte.
Talvez a maior deficiência do desenhista Tony Daniel seja a inexpressividade dos personagens e a individualidade - todos os homens são Bruce Wayne. Mesmo não sendo grande coisa, a aventura "desperta o apetite" do leitor para o prato principal, que vem a seguir - e em dose dupla.
Quem acompanhou a longa fase de Grant Morrison escrevendo Batman - que culminou em Descanse em paz - vai estranhar Batman & Robin.
Nessa série há muito menos ligações com a Era de Prata e, portanto, menor necessidade de procurar quem são os personagens resgatados do limbo da DC Comics. Porém, se exige menos pesquisa, Batman & Robin pede mais suspensão do real e atenção.
Não que um homem vestido de pijama preto com capa e orelhas de morcego não exija suspensão da descrença, mas personagens bizarros como Flamingo, (edição anterior) ou Rei Carvão e Rei Perolado do Crime, pedem um pouco mais do leitor.
É como se Grant Morrison estivesse levando o trapezista Grayson voador a enfrentar um circo estranho e mortal.
E a atenção que se exige é pelo ritmo alucinado proposto pelo roteiro de Morrison e brilhantemente executado pela arte de Cameron Stewart. Tudo acontece rápido demais, e por essa velocidade, alguns detalhes podem passar despercebidos ao leitor.
A arte de Stewart é eficiente, bem diagramada e bonita. É deprimente pensar no trabalho de Philip Tan, da edição anterior, comparado com a arte desta edição e com Frank Quitely.
Ao final da edição, um gancho daqueles. Mês que vem, a conclusão e mais um pouco do Batman de Tony Daniel.
Classificação: