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BATMAN EM CORES # 1

1 dezembro 2011

BATMAN EM CORES # 1

Editora: Ebal - Revista mensal

Autores: Frank Robbins (textos), Irv Novick (desenhos) e Joe Giella (arte-final) - Originalmente em Batman # 206.

Preço: NCr$ 1,00 (preço da época)

Número de páginas: 24

Data de lançamento: Abril de 1969

 

Sinopse

Batman caminha os últimos metros - O Planejador desafia Batman e Robin publicamente para provar quem é o melhor detetive de Gotham City.

O próprio vilão comete vários crimes e os "desvenda", passando a perna na Dupla Dinâmica e ganhando a confiança do Comissário Gordon.

Positivo/Negativo

Batman em cores # 1, edição em formato americano, chegou às bancas do Brasil no início de 1969, na esteira do seriado televisivo do herói de Gotham City, estrelado por Adam West e Burt Ward e sucesso em vários países.

A única HQ do gibi foi produzida originalmente no ano anterior, durante a última temporada do seriado.

Por isso mesmo, Batman caminha os últimos metros é nada menos que o universo do herói da televisão transportado para os quadrinhos.

O que se vê aqui é uma Gotham City colorida e ensolarada, com a Dupla Dinâmica atuando à luz do dia a bordo do batmóvel da TV. E bandidos com personalidades caricatas que fariam inveja à Quadrilha da Morte (dos desenhos animados de Penélope Charmosa); planos criminosos tão mirabolantes quanto risíveis; e Batman e Robin um tanto bobalhões, sendo levados na conversa por uma "raposa" do crime.

O resultado disso é uma história boba que, lida hoje, provoca reações de incredulidade, seguidas de risos - justamente numa aventura que não pretende, de forma alguma, fazer rir.

Imagine, por exemplo, a polícia de Gotham City, representada pelo Comissário Gordon, servindo de árbitro para uma competição entre Batman e um suposto gênio dedutivo.

Ou, então, o herói torcendo para acontecer logo um novo crime que pudesse ser desvendado por ele e, assim, ajudá-lo a recuperar os "pontos" que estava perdendo.

E mais: o que dizer sobre a condenação à morte na cadeira elétrica para o crime comum - e sem vítimas fatais - do Planejador, que antes da execução da sentença (em tempo recorde) consegue autorização para morrer vestido de Batman?

Paradoxalmente, isso tudo acaba se tornando o motivo pelo qual vale a pena chafurdar em sebos ou sites de leilão para encontrar um exemplar deste gibi.

Afinal, a diversão fica por conta das curiosas diferenças entre duas eras de um mesmo personagem, separadas por mais de 40 anos.

E os ótimos e sóbrios desenhos de Irv Novick ainda conseguiram minimizar um pouco a toada ingênua da trama, garantindo, ao menos, um atrativo visual para a HQ.

Classificação:

4,0

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