BATMAN EXTRA # 3
Título: BATMAN EXTRA # 3 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Bruce Jones (roteiro) e Ariel Olivetti (desenhos).
Preço: R$ 5,90
Número de páginas: 120
Data de lançamento: Junho de 2007
Sinopse: Mais sombrio que a morte - Em meio a um apagão na cidade de Gotham, o sossego de uma tradicional família é ameaçado por um seqüestro. A investigação de Batman fica comprometida pelo envolvimento de Bruce Wayne com a irmã da vítima.
Uma série de pistas pouco conclusivas levam o Morcego a vasculhar todos os tipos de lugares onde o crime prevalece em Gotham, de casas de show ao esconderijo de um homem abominável no cais do porto.
Positivo/Negativo: Batman sempre rendeu boas histórias de suspense policial, ainda mais em minisséries e edições desvinculadas da cronologia. Nelas, o personagem se prestava a diversas interpretações e acréscimos pretendidos pelos autores e o resultado era, na maioria das vezes, interessante.
Contudo, esta trama que o roteirista Bruce Jones (Hulk, Asa Noturna) desenvolveu em cinco edições, ainda que seja muito bem construída e amarrada, parece um conjunto de clichês do gênero sem nenhum apelo que conquiste o leitor.
A impressão é que o roteirista inseriu no universo do Cavaleiro das Trevas uma trama genérica, que poderia ser de outro personagem detetivesco qualquer. Não há nenhum problema com as histórias que afastam Batman do universo dos super-heróis para inseri-lo em cenários policiais, mas mesmo assim vale lembrar que o Morcego se destaca, tanto por ser o maior detetive do mundo, quanto por ter uma origem bastante peculiar.
Bruce Jones aparentemente se esquece disso. Seu detetive é normal, ordinário demais. Os vários personagens novos apresentados não têm charme e acabam por confundir, pois fica difícil guardar todos os nomes e lembrar quem fez o quê.
Diante disso, a arte de Ariel Olivetti acaba atrapalhando, pois vira mais um elemento de estranhamento. Os brasileiros o conheciam da minissérie Space Ghost, personagem espacial dos desenhos Hanna-Barbera, mas num enredo realista seu desenho carece de constância.
Há cenas bonitas do herói uniformizado sobre os prédios ou num beco escuro, mas há outras em que a aparência das pessoas "normais" fica esquisita. Além disso, o efeito de movimento, às vezes, não convence, como se os personagens não pertencessem ao cenário.
Infelizmente, depois de uma história boa nas duas primeiras edições deste novo título do Batman no Brasil, a Panini perdeu a chance de publicar um material melhor, que ajudasse a revista a cair de vez no gosto do público.
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