Confins do Universo 204 - Marcelo D'Salete fazendo história (em quadrinhos)
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BATMAN – O HOMEM QUE RI

1 dezembro 2005


Título: BATMAN - O HOMEM QUE RI (Panini
Comics
) - Edição especial
Autores: Ed Brubaker (roteiro) e Doug Mahnke (desenhos).

Preço: R$ 5,90

Número de páginas: 64

Data de lançamento: Junho de 2005

Sinopse: Importantes cidadãos de Gotham são misteriosamente assassinados e apenas uma pista une os casos: os cadáveres apresentam um sinistro sorriso congelado em seus lábios.

Em meio ao caos que se instaura na cidade, as investigações levam o Cavaleiro das Trevas ao seu primeiro encontro com seus mais insano e perigoso inimigo.

Positivo/Negativo: A narrativa do primeiro confronto entre Batman e Coringa por meio de continuidade retroativa é modesta, sem a pretensão de redefinir qualquer coisa a respeito do personagem.

O resultado chega a ser mais do que satisfatório, considerando a carência de histórias simples e de qualidade que o Morcego vem experimentando em meio a tantos eventos arrasa-quarteirão. Além disso, a trama ganha um sentido maior se for relacionada com os eventos mostrados em Batman # 31, na qual segredos do passado do Palhaço do Crime são explorados.

Brubaker constrói uma trama interessante e apresenta os fatos pelos pontos de vista de um Batman surpreendido e do tenente James Gordon, que a cada dia se espanta mais com a violência de Gotham. Nesse aspecto o roteirista acerta, evitando qualquer melodrama capaz de sugerir uma semelhança entre o Cavaleiro das Trevas e o Coringa.

Diferente da maioria dos escritores atuais do herói, Brubaker evitou as referências gratuitas aos clássicos do personagem e não foi assombrado pelo trabalho de Alan Moore em A Piada Mortal. A determinação de Bruce Wayne, pelo menos neste momento, não pode ser comparada à loucura do Coringa, e nem mesmo a idéia de ser parcialmente responsável pela transformação do pobre comediante num monstro abala seu senso de justiça.

Apesar disso, o roteirista não colocou toda intensidade possível nos gestos do vilão, principalmente com a fuga que propiciou no centro médico para criminosos insanos. E mesmo o poema que o Coringa deixa em seu primeiro esconderijo se converte numa pequena parte das reflexões de Wayne.

A falha de Brubaker, no entanto, é compensada pelos desenhos de Doug Mahnke. Com a maioria dos enquadramentos focados nos rostos dos personagens, ele trabalha muito bem as expressões, com um nível de sutileza que engrandece a narração de Batman e Gordon. Os detalhes de seu traço atribuem texturas à atmosfera densa da história, realçando os elementos mais repugnantes de todos os cenários.

 

Classificação:

4,0

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