BATTLE ROYALE # 2
Título: BATTLE ROYALE # 2 (Conrad
Editora) - Revista mensal
Autores: Koushun Takami (roteiro) e Masayuki Taguchi (desenhos).
Preço: R$ 12,90
Número de páginas: 224
Data de lançamento: Dezembro de 2006
Sinopse: A história de Mitsuru Numai e sua relação com Kazuo Kiriyama são reveladas.
Shuya Nanahara quase é morto, mas acaba sendo salvo pelo misterioso Shogo Kawada.
Kawada se une a Noriko Nakahawa e Nanahara, que pretendem encontrar mais pessoas dispostas a fugir da ilha sem participar do jogo mortal.
O impiedoso Kiriyama entra de cabeça no jogo e faz algumas vítimas.
São revelados detalhes sobre o passado de amizade entre Nanahara, Nakagawa, Yoshitoki Kuninobu e Shinji Mimura.
Restam apenas 27 dos 42 participantes d'O Programa.
Positivo/Negativo: O aviso de "Impróprio para menores de 18 anos" contido na capa deste mangá é apropriado pelo alto teor de violência e algumas cenas de sexo quase explícito, que em alguns momentos ocorrem de maneira gratuita, num thriller de ultraviolência que leva aos limites as emoções humanas.
No entanto, tem-se a impressão de que a história é mais direcionada ao público jovem, já que todos os protagonistas e a maioria dos coadjuvantes são adolescentes cheios de conflitos. Os personagens geralmente são impulsivos e ligados a assuntos bastante relacionados a essa faixa etária, como esportes, gangues, rock, rebeldia, paixões secretas etc.
Diversos flashbacks são utilizados para aumentar a carga emocional e aproximar o leitor dos dramas vividos pelos personagens, embora algumas situações sejam exageradas a ponto de parecer um dramalhão mexicano, como no caso em que um casal relembra de seus bons momentos pouco antes de se jogar de um penhasco; ou das duas amigas que fazem confissões de amizade incondicional antes de serem brutalmente assassinadas.
Algumas das cenas mais comoventes podem ser enfadonhas para leitores maduros, mas são compensadas nos momentos de participação dos personagens mais misteriosos, dando maior consistência ao enfoque da história. Aliás, Koushun Takami - que provavelmente se influenciou pelo excelente livro O Senhor das Moscas, de William Golding - mostrou-se competente em elevar ao extremo a tensão da narrativa após alguns momentos de calmaria.
Masayuki Taguchi alterna seu estilo de desenho conforme a personalidade dos personagens, utilizando os tradicionais olhos grandes e brilhantes dos mangás para retratar personagens mais ingênuos e bondosos; desenhos caricatos para personagens cômicos e esguios e mais realistas para personagens sérios ou maldosos.
Um bom mangá para fãs da série Lost e filmes adolescentes de suspense/terror, como Pânico e Sexta-Feira 13.
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