Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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BLACK KISS # 1

25 junho 2009


Autores: Howard Chaykin (roteiro e desenhos).

Preço: Cr$ 420,00 (valores da época)

Número de páginas: 32

Data de lançamento: Março de 1991

Sinopse: As garotas de programa e amigas Dagmar e Beverly precisam fazer um serviço para uma mulher misteriosa, para que uma gravação em vídeo comprometedora das duas seja esquecida.

O músico e capanga da máfia Cass Polack é acusado injustamente de assassinar a mulher e a filha. Mas, no meio da perseguição policial, assassina três pessoas em legítima defesa.

Um carona incidental liga as histórias desses três personagens. E as duas amigas enxergam uma oportunidade de utilizar os serviços do fugitivo.

Positivo/Negativo: Antes da avaliação, uma pequena contextualização. Em 1991, os integrantes do hoje nacionalmente conhecido grupo Casseta e Planeta ainda editavam a revista Casseta Popular e apenas participavam do programa Dóris para Maiores, exibido pela Rede Globo e apresentado pela jornalista Dóris Giesse.

Unindo a paixão pelos quadrinhos e a diversificação dos negócios, já que, além da revista, ainda lançavam álbuns musicais e coletâneas literárias de matérias e piadas, resolveram investir em HQs.

Assim nascia a Toviassu Produções Artísticas, batizada com toda a irreverência de sempre. Toviassu é uma abreviatura para "todo viado é surdo".

Os diretores da empresa eram Roberto Adler, Cláudio Besserman, Cláudio Manoel Pimentel, Hélio Couto e Marcelo Garmatter Barreto. O Conselho Editorial era formado por Beto Silva, Bussunda, Claude Manoel, Hélio de La Peña e Marcelo Madureira, ou seja, as mesmas pessoas com seus apelidos que hoje são conhecidos do grande público.

Para iniciar essa empreitada, começaram com duas revistas mensais: Concreto e Roxomill, lançadas originalmente pela Dark Horse, e com uma minissérie, Black Kiss, da Vortex.

Três edições depois, Concreto e Roxomill sumiram do mapa, mas Black Kiss, felizmente, foi concluída.

O escritor e desenhista Howard Chaykin nunca foi tão polêmico quanto nesta minissérie. Sexo, sexo e mais sexo. Esta foi a receita utilizada do começo ao fim, de forma explícita e totalmente não convencional.

Neste número, a trama fica somente na superfície, apresentando os personagens e interligando os vários núcleos presentes na história. A primeira página é simplesmente surpreendente para uns e chocante para outros.

Os desenhos possuem o traço característico de Chaykin, ou seja, é agradável e arrojado, mas os rostos de seus personagens são iguais. Cass Polack é idêntico a Reuben Flagg (de American Flagg!), Dominic Fortune, Falcão Negro e todos os outros protagonistas desenhados pelo artista. É mais ou menos a mesma escola do artista Steve Dillon.

Estão presentes também as características onomatopeias que ajudam a compor a arte de Chaykin.

Este primeiro número é empolgante para quem está acostumado ao arroz com feijão dos quadrinhos mainstream, mas é bom ressaltar que apenas maiores de 18 anos devem ler esta série.

 

Classificação:

4,0

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