BLADE - A LÂMINA DO IMORTAL# 19
Autores: Hiroaki Samura (roteiro e arte).
Preço: R$ 5,20
Número de páginas: 112
Data de lançamento: Novembro de 2004
Sinopse: Ao voltar para a "sede" da Mugai-Ryu, Gyiti encontra um rastro de sangue pelo chão, que leva ao corpo de Shinriji. Enquanto isso, numa casa longe dali, Hyakurin é severamente torturada por cinco capangas da Itto-Ryu, para que revele os nomes dos integrantes de seu bando.
Só que os assassinos não contavam que, antes de morrer, Shinriji daria um jeito de indicar o caminho que seguiram. E Gyiti "captou a mensagem". Agora, os homens da Itto-Ryu que se cuidem.
Positivo/Negativo: Perturbadora. Assim pode ser definida esta edição de Blade - A Lâmina do Imortal. A começar pelas torturas a que Hyakurin é submetida. Ela apanha, é perfurada com pregos quentes embebidos em pimenta malagueta e vinagre, tem um braço quebrado e é violentada sexualmente várias vezes. Himura foi tão preciso ao retratar as cenas, que há momentos em que é quase possível sentir a dor da personagem.
A violência continua quando Gyiti descobre o paradeiro dos seqüestradores. Dá até pena! Ele vai trucidando um a um e, no final, resta apenas Tamazaki, justamente o que mais maltratou Hyakurin. Pena que o combate fica para a edição seguinte, com um "gancho" instigante.
A arte de Himura, que às vezes é confusa e obriga o leitor a tentar "desvendar" o que é retratado, está especialmente caprichada nesta edição. Há "tomadas" dos mais diversos ângulos, variações de plano conforme a intensidade da cena (nas de tortura, por exemplo, ele se concentra em closes, para mostrar bem o sofrimento de Hyakurin) e uma diagramação bastante ágil das páginas.
Também foi boa a sacada do autor de mostrar Hyakurin se recordando da origem do carinho de Shinriji por ela. Repare como as páginas ganham um fundo preto, para indicar que a cena se passa em outro momento, no passado.
Vale destacar também os quatro belíssimos pin-ups que abrem a revista. No entanto, a escolha da capa não foi das mais felizes, não pela arte, muito bonita, mas porque Manji simplesmente não aparece em nenhuma página da revista.
O "puxão de orelhas" fica para a ausência de uma seção de cartas no mangá, mesmo tendo páginas em branco, apenas com o logotipo da editora ou com propagandas internas. Com certeza, os leitores aprovariam.
Outro aspecto curioso é que a Conrad não utiliza mais na última página (ou na primeira no sentido ocidental) o aviso de que não se deve começar por ali. Como sempre há novos leitores surgindo, e nem todos sabem que mangás são lidos "de trás para frente", não custava nada enfatizar isso. É como dizem no rádio, quando repetem várias vezes uma notícia: a audiência é rotativa...
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