Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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BLADE - A LÂMINA DO IMORTAL # 20

1 dezembro 2005


Autores: Hiroaki Samura (roteiro e arte).

Preço: R$ 5,20

Número de páginas: 112

Data de lançamento: Novembro de 2004

Sinopse: Depois de passar por diversas torturas na edição anterior, Hyakurin surpreende Tamazaki ao sair de seu cativeiro cambaleando. Seu algoz imaginou que, devido aos maus tratos e por estar com um braço quebrado, ela estaria indefesa. Não podia estar mais enganado...

Enquanto isso, Manji e Taito Magatsu estão a caminho de Koishi, quando são atacados por três homens contratados por Shira, que logo aparece, com uma surpresa quase inacreditável no lugar do antebraço direito (decepado algumas edições atrás pelo samurai imortal). A briga promete.

Positivo/Negativo: Mais uma boa edição de Blade - A Lâmina do Imortal. O mangá já começa "quente", com Hyakurin mandando Tamazaki desta pra melhor. Depois, num sonho, relembra todo seu passado até então misterioso.

A forma como ela entra para a Mugai-Ryu (após matar o marido, que assassinou seu filho de oito anos na sua frente, ao constatar que o garoto teria herdado sua tuberculose - ele já fizera o mesmo com sua irmã gêmea, ainda bebê, por ter nascido mulher) mostra de onde vem a força interior que ostenta.

Depois de recuperada, Hyakurin corta os longos cabelos, como uma forma de se livrar das agruras vividas nas mãos dos homens da Itto-Ryu. Saída inteligente de Himura.

Na outra trama da revista, o reencontro de Shira com Manji tem mais conversa do que luta, mas proporciona surpresas de ambos os lados.

Primeiro Manji, que tinha acabado de ter a mão direita decepada (quase na altura do cotovelo), mostra como os vermes kessenchu que habitam seu corpo e o tornam imortal "colam" melhor que Super Bonder. Aliás, esse "fator de cura" está especialmente rápido nesta aventura, diferente do que aconteceu em números anteriores.

Depois é a vez de Shira, que enquanto está enfrentando Magatsu (irado por ter, enfim, achado o assassino de sua amada Ren), exibir sua nova "arma": ele afiou os dois ossos (o rádio e o cúbito) do antebraço direito que Manji decepou, transformando-os verdadeiros arpões.

Hiroaki Samura está, aos poucos, amarrando os passados e os presentes de seus personagens. Por isso, o roteiro vem ganhando força.

Nos desenhos, tirando algumas cenas pouco nítidas, destaque para a narrativa das cenas de luta, incrivelmente veloz. Mas há algumas "forçadas de barra", como quando some rapidamente do antebraço esquerdo de Manji o furo que uma flecha havia feito ao transpassá-lo. Nem o sangue aparece nas cenas seguintes...

Vale ressaltar a belíssima capa da edição, desta vez "casada" com a história. Ponto para a adaptação do texto da Conrad, com gírias atuais nos diálogos. Para quem não sabe, apesar de o mangá se passar no final do século 18, o autor usa um linguajar bem despojado na obra.

No entanto, o mangá continua sem seção de cartas, que gera uma valiosa integração com o leitor, e sem o "alerta" sobre o sentido de leitura, mesmo com páginas sobrando (em branco, com o logotipo da editora ou com propagandas internas).

 

Classificação:

4,0

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