Título: BONE # 2 - EQUINÓCIO DE PRIMAVERA (Via Lettera) - edição especial

Autores: Jeff Smith (texto e arte)

Preço: R$ 19,00 (valor atual)

Número de páginas: 72

Data de lançamento: Abril de 1999

Sinopse: Depois que foram acolhidos na casa da Vovó Ben e sua neta Espinho, Fone Bone e Phoney Bone preparam-se para viajar para Barrel Haven. Lá, ocorrerá a Feira da Primavera.

No entanto, quando cai a noite, Phoney decide partir antes, com o objetivo de "organizar" as apostas para a corrida das vacas (evento anual que ocorre no local). Logo em seguida, a casa de Vovó Ben é atacada por diversas criaturas ratazanas. Enquanto a nada frágil velhinha parte pra porrada com os monstrengos, ordena a Espinho e Fone Bone que partem para a floresta.

Mas entre as árvores forças sombrias e misteriosas reúnem-se espreitam todos seus passos.

Positivo/Negativo: Neste segundo álbum de Bone, por quase toda a trama se passar durante a noite, Jeff Smith deita e rola. Ele mostra todo seu domínio das técnicas de luz e sombra, aliado a uma narrativa pra lá de competente.

Novamente, a exemplo do que aconteceu no primeiro livro, o autor usa o artifício do humor para "quebrar" cenas de maior tensão. Por exemplo, quando Espinho e Bone estão na floresta escura cercados por criaturas ratazanas, ele "corta" para a cena em que Phoney entra na taverna The Barrel Haven e reencontra o primo abobalhado Smiley. E engana-se quem acha que isso cria um anticlímax na trama. Pelo contrário, pois Smith começa a conduzir tramas paralelas, que, bem mais à frente, tratará de amarrar.

A edição do álbum está de primeira, com papel bom e muito bem impresso (parece ridículo dizer isso, mas é bom quando o leitor pega uma obra na qual o preto é realmente preto, e não "tons de cinza").

Merece destaque também o trabalho de letreiramento, pois há várias mudanças de fontes, de acordo com o tipo de personagem que está "falando" e com suas emoções no momento. Graficamente, o resultado ficou bem interessante.

Por fim, Bone - Equinócio de Primavera é uma ótima diversão, mas vale um alerta: ao chegar à última página é inevitável aquele sentimento de "onde está o próximo número?".