Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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BRADO RETUMBANTE # 1

1 dezembro 2004


Autores: Vários (textos e desenhos).

Preço: R$ 4,49

Número de páginas: 40

Data de lançamento: Fevereiro de 2004

Sinopse: Estréia do fanzine pernambucano capitaneado pelo quadrinhista Leonardo Santana, apresentando três histórias em preto-e-branco com os heróis Cabala, Crânio e Monte Castelo.

Positivo/Negativo: É de se louvar a iniciativa dos quadrinhistas da Cooperativa Brado Retumbante, apresentando histórias de super-heróis brasileiros residentes em cidades do Nordeste.

A proposta é mostrar que é possível produzir boas HQs de heróis superpoderosos longe dos comics norte-americanos. O próprio nome da revista foi retirado de uma passagem do nosso Hino Nacional.

Para alcançar o intento, porém, é preciso diversos acertos, a serem trabalhados o quanto antes.

De início, a capa não tem aquele impacto de número de estréia. E no canto inferior, os nomes de dois personagens, escritos na mesma fonte e cor, e sem nenhum marcador que os separe, parecem ser a denominação de um só.

A edição começa com a heroína mística Cabala, numa boa história com textos de Leonardo Santana. Sua origem é interessante e o vilão, de cara, já promete ser daqueles que todos irão amar e odiar (um misto de Lex Luthor com Jason Wyn). Os desenhos de Wendel Cavalcanti, embora sejam bons, necessitam de uma arte-final mais apurada.

Na seqüência, o destaque deste número: Crânio, um alienígena fugindo da tirania do irmão, que dominou seu planeta natal. Com desenhos e arte-final de Mark Novoselic, o personagem tem sua origem muito bem contada no argumento de Francinildo Sena.

A bola fora ficou por conta de Monte Castelo, com texto de Rodrigo Garrit, lápis de Milton Estevam e arte-final de Lula Borges. O conceito de um herói aventureiro e explorador prometia render uma boa história, mas foi estragado pelo ritmo videoclipe e textos muito longos. Além disso, a profusão de boxes com retícula transparente (algo inadequado em histórias em preto-e-branco) tornou a leitura confusa e cansativa.

Por fim, é preciso que a equipe de produção tenha mais zelo com a língua portuguesa. Os erros gramaticais, que vão da acentuação à pontuação, passando por grafia e concordância verbal, são muitos e tiram o brilho do fanzine.

Classificação:

4,0

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