BUDA # 2 - O NASCIMENTO DE SIDDHARTHA
Título: BUDA # 2 - O NASCIMENTO DE SIDDHARTHA (Conrad
Editora) - Série mensal
Autores: Osamu Tezuka (roteiro e arte).
Preço: R$ 19,90
Número de páginas: 200
Data de lançamento: Fevereiro de 2005
Sinopse: Chadra, o escravo que virou filho adotivo do general de Kosala, ascende de casta em uma época em que a situação social era considerada um destino intransponível das pessoas. Ao vencer um torneio, torna-se o predileto da filha do ministro.
Mas sua mãe, escrava, acompanhada do jovem Tahta, descobre onde ele está, vai atrás e pode pôr tudo a perder.
Enquanto isso, Buda nasce.
Positivo/Negativo: A história de Buda se passa há 3,5 mil anos na Índia e, naturalmente, as versões que chegaram até o Ocidente estão repletas de fantasia - em maior ou menor grau. Tezuka não tentou fazer uma biografia, e sim imprimir sua própria visão da história.
Daí, alguns elementos que soariam estranhos para uma reprodução fidedigna.
No primeiro volume, se fala de Coca-Cola.
Agora, tanto Tezuka quanto o inventor do Astro Boy fazem aparições relâmpagos
nos quadrinhos, como recurso de humor.
O autor também empresta aos mendigos e escravos uma consciência de classe maior do que aquela que o sistema de castas permitia. Afinal, ser mendigo ou escravo não era só uma questão de desigualdade de bens, mas também uma condição inerente do ser humano, que já nascia pré-determinado.
A segunda edição é mais emocionante que a primeira. Seus personagens são forçados a tomar decisões fortes, que invariavelmente os conduz a uma perda.
O grande tema deste volume é a relação da paternidade. Chadra abriu mão da mãe para ter um pai - e sonhar com um futuro melhor para a mãe. Mas ela parece preferir o filho às promessas de riqueza e vai atrás dele mesmo sabendo que poderá prejudicá-lo.
Uma vez denunciado, é o ministro quem acusa o general de permitir que um escravo profanasse sua filha com um amor impuro. Ao mesmo tempo, a mãe de Buda sente, depois de vê-lo nascer, que já cumpriu seu papel. E revela ao filho, ainda um bebê, que deverá abandoná-lo.
Vale destacar, também, as belas edições que a Conrad tem dedicado à série. Capas belíssimas, formato agradável, papel pólen de boa gramatura - e tudo isso por um preço bastante razoável. É para guardar para sempre.
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