BUDA # 8 - O DIA DO DESPERTAR
Título: BUDA # 8 - O DIA DO DESPERTAR (Conrad
Editora) - Série mensal
Autor: Osamu Tezuka (texto e arte)
Preço: R$ 19,90
Número de páginas: 232
Data de lançamento: Agosto de 2005
Sinopse: A peste chega às dependências dos escravos, e o príncipe Lazúli manda queimar tudo e todos - inclusive a sua própria mãe, que foi revelada uma escrava na edição anterior.
Cabe ao gigantesco Yatara, que a adotou como mãe, salvá-la e levá-la escondido para uma floresta distante. Mas a mulher é mesmo portadora da peste e acaba morta.
É quando Yatara encontra Siddhartha e descobre que não é o único a sofrer.
Na conversa com Yatara, Siddhartha toma conhecimento da própria sabedoria. Brahma reaparece e diz que o jovem foi iluminado debaixo do pipal, como previra.
Começa a quarta parte de Buda. Devadatta ressurge e faz do pária Tahta um espadachim de Bimbisara - o rei cuja morte pelas mãos do próprio filho Assad previu.
Como soldado, Tahta salva o filho amaldiçoado de Bimbisara de um elefante assassino. No combate com o animal, reencontra os aprendizados de compaixão de Siddhartha e pede para não matar a criatura, que andou até um cemitério de elefantes para morrer ao lado do filho.
Enquanto isso, Prasenajit e Bimbisara entram num acordo para resolver o problema de fronteiras de seus reinos: Tahta e Yatara, cada um representando seu rei, começam uma grande batalha.
Mas de nada adianta Tahta querer alongar o combate para encerrá-lo em Kosala - matando o rei Prasenajit e vingando-se. Um dardo venenoso lançado por aliados de Devadatta derruba o gigante Yatara.
Positivo/Negativo: Chegou-se à metade da saga, que se encerra no 14º volume. Tirando o episódio da iluminação - daqueles que têm uma seqüência de tirar o fôlego típicas de Tezuka (páginas 58 a 63) -, Buda mal aparece neste oitavo livro.
Tezuka começa a retomar personagens que tiveram suas vidas apresentadas antes e a unir a grande trama de seus destinos. Apesar da magnitude da obra, as pontas já começam a se fechar. Coadjuvantes que estavam com a história suspensa ressurgem com motivações. E a política entre os reinos se destaca cada vez mais a essas alturas.
Em sua batalha, Yatara e Tahta são apenas vítimas de seus governos. O leitor não sabe para quem torcer - os bandidos são o contexto, e qualquer um que vença causará a morte de um herói. Um deles é um monstro (muito similar ao Hulk) que ganhou coração. O outro é um ex-bandido regenerado. Ambos têm ficha-corrida de sofrimento que os exime de qualquer crime cometido. Por isso, não havia definitivamente outro final para a luta que não este: Devadatta como assassino no meio de uma conspiração.
É por coisas assim que Buda parece melhorar a cada edição.
Neste volume, há uma ressalva a ser feita, por conta de um erro gramatical bastante comum. Na página 87, Devadatta está educando Tahta para que ele seja um espadachim culto e, portanto, convincente. Sugere a troca de palavrões por palavras mais delicadas. Mas esquece-se de que prefere-se algo a alguma coisa, e não do que alguma coisa. E a frase supostamente correta "Eu prefiro me alimentar de fezes caninas do que fazer isso" está errada.
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