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BUFFY - A CAÇA-VAMPIROS - OITAVA TEMPORADA

25 junho 2009


Autores: Joss Whedon (texto), Georges Jeanty (desenhos), Andy Owens (arte-final) e Dave Stewart (cores). Publicado originalmente em Buffy - The vampire slayer # 1 e # 2.

Preço: R$ 6,00

Número de páginas: 48

Data de lançamento: Junho de 2009

Sinopse: Novo cenário, novos desafios, velhos coadjuvantes e uma horda de caçadoras reúnem-se a Buffy para enfrentar Amy, uma antiga adversária.

Positivo/Negativo: Na TV, Buffy - A caça-vampiros chegou ao fim na sétima temporada.

A série acabou migrando pros quadrinhos. Não se trata de interlúdios ou trama paralela - como nos volumes dedicados a Heroes e Smallville, também publicados pela Panini. A revista continua - sem Sarah Michelle Gellar - de onde a trama televisiva parou.

O passo era natural: Joss Whedon, produtor que impulsionou a série de TV, vem se destacando como um bom roteirista de HQs em trabalhos como Surpreendentes X-Men.

É Whedon quem escreve o primeiro arco de Buffy na nova mídia. Ele dá pedigree à revista e reforça aos fãs a seriedade da continuação. De algum modo, sua presença é uma garantia de que a oitava temporada não é uma tapeação.

Fato é que, lá fora, a revista deu certo. E não só porque vende bem e tem alguma repercussão além da imprensa especializada. No prêmio Eisner de 2008, bateu os títulos The Boys, Y - O último homem, Monster e Spirit na categoria de melhor série nova.

Falando assim, até parece exagero. Afinal, são quatro dos títulos mais badalados dos últimos anos, elogiadíssimos. Três deles tiveram uma versão nacional, o que pode reforçar a desconfiança do leitor brasileiro.

Dito isso, parece que é exagero mesmo.

Este resenhista está longe de ser um fã de Buffy, mesmo que tenha visto um bom punhado de episódios. A série de TV é um divertimento descompromissado.

E é essa a sensação que se tem lendo a revista.

Para os fãs mais entusiasmados, ver a sequência da série provavelmente é muito empolgante - algo como reencontrar velhos amigos considerados perdidos até então.

Mas é fundamental afirmar que, ao menos neste primeiro número, a HQ não empolga. É bem narrada, tem sacadas bacanas e desenhos competentes, realçados pelas sempre lindas cores de Dave Stewart. Mas não vai muito além disso.

A trama passa por elementos da série de TV e até dá a impressão de que está se encaminhando para algum lugar. Pode ser que sim. Mas, considerando apenas este número, trata-se apenas de uma semente plantada. Pode virar uma roseira. Mas também pode virar urtiga.

De qualquer maneira, o hype em torno da série pode acabar atraindo o interesse de leitores que desconhecem o universo ficcional de Buffy.

Pois bem: é fato que, quanto mais a série é desconhecida, mais complicada será a leitura. Exatamente como começar a assistir a um seriado na oitava temporada: os personagens são desconhecidos e a sensação de estar perdido há de ser grande às vezes.

A edição brasileira, dentro do possível, ameniza essas dificuldades nas capas internas. No começo, há uma introdução sintética. No fim, um guia de notas caprichado.

 

Classificação:

4,0

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