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CACHALOTE

Por Delfin
1 dezembro 2010

CACHALOTE

Editora: (Quadrinhos na Cia.) - Edição especial

Autores: Daniel Galera (texto) e Rafael Coutinho (arte).

Preço: R$ 45,00

Número de páginas: 320

Data de lançamento: Junho de 2010

 

Sinopse

Um playboy assumido. Um escritor deprimido e sua ex-esposa. Uma senhora de posses. Um escultor arrogante. Um fetichista e sua princesa de cristal. Um astro do cinema chinês. Vidas essencialmente diferentes, unidas. Pela falta de propósito? Eis o que acontece a partir do momento em que os conhecemos.

Positivo/Negativo

Quando o público soube, há dois anos, da ambiciosa empreitada da Companhia das Letras, houve um reboliço geral. A ideia era reunir nomes da literatura e dos quadrinhos para produzir romances gráficos de alta qualidade e, principalmente, relevantes.

Era um sinal para o mercado de que, com esta atitude - na verdade fruto de uma parceria com a empresa RT Features, de Rodrigo Teixeira -, os profissionais das HQs enfim seriam reconhecidos como autores, como o são quaisquer outros que façam parte do casting de uma editora séria que se pretenda publicadora de quadrinhos no Brasil.

O primeiro título anunciado foi Cachalote, uma parceria entre dois novatos nos quadrinhos: o escritor Daniel Galera (tradutor de álbuns de Robert Crumb, como Blues e América, e pertencente à primeira geração de autores brasileiros que surgiu após o boom literário proporcionado pela internet nos anos 1990) e Rafael Coutinho, que tem em suas credenciais o carimbo genético de ser filho de um dos principais nomes da HQ nacional em todos os tempos, Laerte.

Cachalote parecia ser um nome apropriado para a empreitada, qualquer que fosse ela. Para quem não sabe, os cachalotes são os maiores mamíferos dentados do mundo, também possuindo o maior cérebro e alguns outros recordes na vida animal do planeta. Mas, principalmente, são exemplos de grandes e indômitos conceitos caros ao ser humano: a criação, o universo, o oceano, o destino, o divino e diversos outros - tudo graças à mais famosa imagem desse tipo de baleia que se tem notícia, a albina Moby Dick, retratada na obra homônima do norte-americano Herman Melville.

Ninguém sabia o que esperar, sobre o que seria a história ou qual o estilo usado na narrativa. O mistério contido acerca da manufatura do álbum, algo alimentado por autores e editora, iniciou a construção de um hype em cima da obra, inicialmente prometida para 2009, mas adiada diversas vezes até o seu lançamento de fato.

A saber: estamos acostumados ao conceito de que hype é o assunto da moda, a pauta do dia dos descolados, que tende a sumir rapidamente na maioria dos casos. Cabe lembrar que trata-se de uma contração da palavra inglesa que designa hipérbole (em outras palavras, exagero).

É verdade que nem sempre o hype é ruim, como se pode comprovar assistindo ao documentário Hype!, de 1996, sobre a cena grunge dos Estados Unidos (atribui-se a popularização do termo no Brasil também a este filme). Mas, em boa parte das vezes, é apenas mais uma ferramenta de promoção que tende a produzir resultados efêmeros aos olhos da história.

Pois o fato é que o hype de Cachalote foi sendo construído com cuidado e paciência. Começou oficialmente em julho de 2009, mês em que Rafael Coutinho, juntamente com Rafael Grampá, Fábio Moon e Gabriel Bá, foram as atrações iniciais da 7ª Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). O romance gráfico, claro, estava no topo da discussão, ainda mais por um preview de poucas páginas ter sido publicado, no mesmo mês, pela revista Piauí, que mantém laços visíveis, mesmo que muitas vezes indizíveis, com a Companhia das Letras e com a organização do evento da histórica cidade fluminense.

Naqueles dias, pela cidade, a conversa e a promessa eram de que, em poucos meses, Cachalote estivesse disponível para todos que quisessem conferir o álbum que, reconhecidamente, teve grande impacto em quem folheou aquelas páginas iniciais oferecidas à leitura.

Foi um momento histórico também, porque aconteceu algo que apenas os mais atentos repararam: a dissociação completa das identidades e personalidades gráfico-narrativas de Laerte e Rafael Coutinho. O traço nervoso e detalhista, ainda que contido, de Rafa demonstrava que, de fato, grandes coisas eram esperadas daquele trabalho.

É necessário neste ponto explicar um pouco mais sobre o projeto da produtora RT Features envolvendo a Cia. das Letras e seu selo para publicar quadrinhos.

Na verdade, os projetos propostos pela RT (que tem na coordenação do projeto o escritor Joca Reiners Terron) à editora paulista não tem obrigação de serem aceitos. Mas, se forem, a empresa detém os direitos de adaptação de cada projeto para outras mídias, notadamente o cinema.

Sobre a ideia de unir quadrinhistas e escritores, Joca Terron declarou ao Suplemento Cultural do Diário Oficial do Estado de Pernambuco: "Pareceu interessante incentivar a união de quadrinhistas com escritores que procurem atribuir maior qualidade textual e argumentativa aos quadrinhos".

Entre os escritores, alguns mantêm contato íntimo com a linguagem distinta dos quadrinhos, como o próprio Joca e Daniel Pellizzari (tradutor de Sandman e coautor do ainda inédito Furry Water, em parceria com Rafael Grampá); já outros são ilustres desconhecidos no meio, como Marcelino Freire, autor já laureado com o Prêmio Jabuti.

Isto posto, não é de se estranhar o grande interesse em que Cachalote desse certo. Seria bom para os autores, para a editora, para a produtora e, não menos importante, para o futuro do mercado profissional de quadrinhos no Brasil.

Por isso mesmo, também não era de se estranhar os seguidos adiamentos de datas para o lançamento da obra. Tudo tinha que estar perfeito, dentro e fora do álbum.

Deve-se destacar nesse sentido o trabalho exímio do editor André Conti. Homem de frente da Quadrinhos na Cia. (e também na recente parceria da editora com a inglesa Penguin Books), teve o trabalho de coordenar todos os pormenores deste álbum. Isto é algo que alcança tanto as páginas de arte de Rafael Coutinho e o roteiro de Daniel Galera como os aspectos gráficos, mas também os de promoção e divulgação, como a apresentação da história no exterior, em feiras de livros e convenções de quadrinhos. Cada detalhe era importante demais para ser menosprezado.

Já em 2010, com o lançamento previsto para as semanas próximas da Flip, todos esperavam apenas uma coisa: um grande sucesso, em todos os aspectos.

A última ação envolvendo os autores antes do lançamento veio no novo caderno Ilustríssima, da Folha de S.Paulo, nascido após a última grande reformulação do jornal paulistano. Era um último "esquenta" para Cachalote: uma história de duas páginas chamada São Paulo: 3014, de autoria de Coutinho e Galera.

E veio o receio. Pois, apesar da arte excelente, antecipando apenas o melhor para o álbum, o roteiro era pífio. Os narradores de quadrinhos, há décadas, sabem dos problemas e armadilhas de se contar histórias curtas que independam do humor e, ainda assim, funcionem. Ficou nítido que Galera não tinha encontrado o tempo para esta HQ. Num livro que, se especulava, teria quase 400 páginas, isso mudaria? Ou se potencializaria?

Mas, enfim, chegou o final do mês de junho e Cachalote se encontrou, finalmente, com seus leitores. E é aqui, após todo este preâmbulo absolutamente necessário, que esta resenha começa. No lugar onde ela deveria: no ponto em que o hype termina e começam, de fato, as histórias a ser contadas.

Sim, as histórias, no plural, pois Cachalote se expande para seis momentos narrativos distintos e seis núcleos de personagens.

Cachalote pode ser dividida e analisada com base nesses núcleos. E, também, nas três partes em que o álbum se divide (seria errôneo chamar de capítulos). A primeira contém as apresentações aos personagens. A segunda expõe exatamente quem eles são. A terceira não traz soluções, mas, de muitos modos, oferece resoluções envolvendo todos os núcleos - ainda que isso não feche questões em relação às tramas paralelas, muito menos as conecte, apresenta desfechos razoáveis a cada uma.

A decisão de se dividir o álbum desta forma é definitiva para compreender o impacto da leitura do álbum no leitor.

Só que analisar Cachalote com base em suas tramas, paralelas e desconexas entre si, é um exercício interessante. Pois são personagens que têm, no momento em que passamos a acompanhar suas vidas, certa falta de propósito existencial e, também, vivem (cada um a seu particularíssimo modo) suas solidões e o amor.

Impossível, nos próximos parágrafos, não revelar algo sobre o roteiro, mas isso, como se verá, é perfeitamente compreensível e não chega a configurar um spoiler.

Existe Xu, o astro dos filmes chineses (é tentador querer encaixar Jackie Chan no papel). Em plena decadência, só consegue se encontrar na tela, quando revê e revive sua glória passada. Envolvido na morte de Jia, seu agente e amigo íntimo, parece perder completamente o prumo, até que um fato inusitado o leva, à sua revelia, para a rota de um novo tipo de glória.

Hermes é um escultor com postura meio niilista, que possui uma única obra misteriosa e um relacionamento para o qual parece não dar muita bola. A decisão de aceitar o convite para ser protagonista de um filme, no entanto, pode ser a chave que abre os portões dos segredos que o personagem não gostaria que emergissem.

Vitório é um cara com um fetiche, que nunca deu bola demais para mulheres, até conhecer Lara, a quem chama de Princesa. E ele pretende ser o cavaleiro que cuidará de seu frágil amor de cristal. Por mais que a moça insista em se arriscar e ser trincada, rachada e quebrada, a qualquer custo.

Há também Rique, um playboy por completo, se lixando para tudo, interessado apenas em si mesmo. Após ser expulso da casa do tio, vai para a Europa, onde reencontra um conhecido de muitos anos atrás e inicia, mesmo que não saiba, um processo que o levará ao encontro do seu destino.

Túlio, escritor deprimido, e sua ex-mulher, Vita, têm uma filha e frequentemente se encontram para jogar conversa fora. Em meio aos papos sem qualquer importância e definitivamente rotineiros, escapam detalhes de uma relação mais forte do que eles mesmos imaginam.

E há a velha senhora. Rica. Talvez pianista. Talvez uma antiga nadadora. Talvez grávida. Que, ao se lançar numa piscina no meio da noite, acaba se confrontando com o gigante branco, sereno e maior que a vida.

Esta cena com a senhora inominada, a primeiríssima das quase 400 páginas do pequeno tijolo que é Cachalote, procura ser muito significante. Remete aos quadrinhos personalíssimos de Bastien Vivès, como Le Goût du Chlore e Dans Mes Yeux. Também tem a grandiosidade de um cenário absurdo, pronto para Fellini filmar em seus grandes dias. Mas, principalmente, remete a Melville ao fazer uma frágil figura humana confrontar algo que é criação/universo/oceano/destino/divino.

Este, aparentemente, é o elo que os autores pretendem dar a Cachalote: um grande panorama de vidas que, ao seu final, encontram seu destino, que pode ser simples ou grandiloquente. É um elo pretensioso e, para que seja forte, as histórias que conduzem a isto (e o modo com que se conta cada uma delas) devem corroborar para o sucesso desta ideia.

Infelizmente, não é o que acontece.

Então, por que Cachalote é um álbum tão impressionante e de leitura fundamental em 2010? Pode-se colocar quase 100% das fichas na arte impressionante de Rafael Coutinho. Em suas costas, e ele sempre teve plena consciência disso, havia o peso de ser filho de quem é (um cara mais importante que você, como o jornalista Eduardo Nasi tão precisamente apontou em sua coluna, no ano passado).

Se Laerte inovou ao encontrar vozes cada vez mais profundas em sua obra, a missão de Rafael era muito difícil: encontrar a sua própria voz. Com Ricardo Giassetti, já havia tentado o seu álbum de estreia há alguns anos, sem sucesso. Mas havia nos traços iniciais da inédita Os Passos um caminho a seguir. Longe do humor, do traço cartunesco, das histórias curtas e concisas e da simplicidade.

Rafael Coutinho se predispôs a enfrentar uma obra de ilustração complexa, para a qual não há fórmulas e muito menos tradição no Brasil. O resultado é um completo êxito: o seu jogo de luz e sombras é denso e funcional, os seus detalhes são ricos e impressionam em meio a um traço nervoso, que não faz concessões.

E um traço que claramente evoluiu durante o processo: basta comparar as páginas iniciais divulgadas há um ano na Piauí com, por exemplo, a sequência em que Hermes dirige sob as árvores rumo à sua casa.

Mas há uma coisa mais legal em tudo isso sobre Rafael: este é apenas o seu primeiro trabalho e há muito espaço para crescer e evoluir. Em uma ou outra página, percebe-se alguma inconsistência, talvez uma cena apressada em relação às outras. O que, em definitivo, é irrelevante em comparação com o número imenso de acertos.

Se a quantidade de adjetivos positivos para a arte do álbum pareceu exagerada, o mesmo não ocorre no trato do roteiro e da condução narrativa, os verdadeiros problemas de Cachalote.

Daniel Galera, notoriamente, é um bom escritor. Dos surgidos nos últimos 15 anos, um dos mais consistentes. Possui um domínio da linguagem maior do que a maioria dos seus pares de geração (entenda-se aqui geração apenas como momento histórico, nada mais). Para Cachalote, criou núcleos de personagens interessantes que, no entanto, não funcionam quando aglutinados. Qual seria o motivo? Ou haveria mais de um?

Aqui vão algumas especulações. A primeira parece óbvia: as tramas paralelas que não se tocam em momento algum (a não ser, talvez, subjetivamente) distanciam o leitor, à medida que este avança pelo álbum, de um elo emocional mais forte.

Há, de fato, alguma frieza que torna o roteiro um campo que vai ficando estéril até o fim do livro, quando as resoluções tomam as histórias de assalto e, então, abrem-se não finais, mas apenas novos começos.

O texto, apesar de correto, transmite menos vezes que o esperado a emoção necessária. E quando ela ocorre, quase sempre nem é o que o texto diz, mas, sim, a imagem que se liga àquelas palavras.

O mais engraçado é que, numa segunda leitura, parece claro que aquele texto pode funcionar com imagens em movimento de modo mais efetivo. Pois a impressão que fica é que não é um texto para quadrinhos, mas sim um texto em quadrinhos. Ainda que com sacadas interessantes, como a inexistência de onomatopeias convencionais (mesmo que isso aparente ser mais uma ideia gráfica do artista).

Nesse sentido, talvez seja válido questionar o argumento de Joca Terron em relação à qualidade literária dos textos, em contraponto com o domínio de uma linguagem técnica e narrativa de um meio que é decerto diferente do livro convencional e, portanto, da literatura pura e simples. Há um sem-número de exemplos de quadrinhistas que não se tornaram bons escritores de livros e vice-versa (e com, pelo menos, uma notável exceção: Neil Gaiman).

Mas Cachalote padece de um mal maior: foi engolida pelo seu próprio hype. A expectativa do álbum não se sustenta junto ao leitor mais atento.

A suposta intenção do romance gráfico em ser revolucionário, em marcar época, sobrepujou aquela que deveria ser a primeira missão de um romance, gráfico ou não: comunicar (mais do que apenas relatar) histórias.

Seria injusto se, diante de toda a expectativa feita em relação a Cachalote, a comparação não fosse feita com grandes romances gráficos dos últimos doze meses, e apenas dois bastam para dar o tom do que se fala por aqui: Asterios Polyp e Parker - The Hunter.

Asterios Polyp é o anti-hype em forma de quadrinhos: um criador que estava afastado das HQs mainstream por quase 20 anos e que, como uma bomba, liberta sobre um mundo incauto uma das melhores incursões narrativas dos últimos 50 anos na arte sequencial.

Na obra de Mazzucchelli, tudo trabalha a favor da história. Texto. Arte. Cores. Diagramação. Não foi um álbum planejado para ser um sucesso. Foi um álbum planejado para ser um excelente romance gráfico. Que funciona plenamente apenas como tal.

Parker - The Hunter é um exemplo de como um bom texto pode percorrer mídias sem perdas, se bem adaptado. O texto não é, em sua maioria, de Darwyn Cooke, mas, sim, de Donald Westlake (em sua persona de Richard Stark).

Muitos haviam tentado adaptar a obra de Westlake, para diversas mídias. Cooke foi o único que tratou disso com o respeito devido, fazendo, ao mesmo tempo, um romance gráfico único e uma adaptação que não feriu o texto policial que deu fama ao personagem Parker.

Cooke, porém, não fez isso em nome do sucesso comercial (tanto que seu álbum saiu pela pequena IDW), mas em nome das histórias que tanto queria contar (o plano envolve quatro álbuns), apaixonado que é pela literatura policial.

A busca pelo sucesso, então, pode ser o grande mal de Cachalote? Talvez. Pois, num simples exercício de desconstrução, é perfeitamente possível reorganizar o álbum em cinco partes, com uma introdução e um epílogo.

Tais partes narrariam cada núcleo criado sem qualquer interrupção ou intercalação. A introdução e o final seriam as partes da senhora, exatamente onde estão. Não seria inovador, traria outro nível de discussões, mas seriam histórias mais envolventes ao leitor, que se perde justamente na fragmentação excessiva do roteiro.

Essa fragmentação acaba prejudicando Cachalote também pelo fato de que múltiplos elementos estão envolvidos em cada parte da história. É uma quantidade de informação que funciona quase como uma barreira para o leitor comum.

Momentos sutis e muito belos, como os que permeiam toda a narrativa de Vitório e Lara, se perdem nas fraturas da edição. O mesmo se pode dizer da frenética história de Xu. E, em menor grau, de todas as outras. E são momentos que o leitor de quadrinhos apreciaria.

Cachalote, então, não foi feita para o leitor comum? Foi pensada para aproximar o leitor de livros dos quadrinhos? Ou foi produzida para um leitor supostamente mais crítico, que pretensamente verá nos problemas aqui indicados justamente as soluções geniais que irão mudar e marcar para sempre a HQ nacional?

Este último acaba sendo um bom chute. Porém, acreditar no estilo e na técnica sobrepujando a história em si, algo comum hoje (principalmente em escritores mais recentes), apenas levaria à conclusão de que a história não é mesmo tão importante.

E, se esse foi o sentido, Cachalote se sai muito bem, pois o texto é em verdade muito bem escrito, com estilo e técnica, e editado de modo preciso nesses mesmos parâmetros. Ao leitor, cabe desvendar por si só o hermetismo e encontrar suas próprias conclusões com base em tal contexto.

Mas o que torna as histórias marcantes, relevantes, definitivas? O que faz com que o hype se dissolva e permaneça, apenas, a obra perante a trama? Estas são perguntas e destinos com os quais Cachalote um dia se deparará. E que outro gigante branco, Moby Dick, sabiamente já respondeu há mais de um século.

Classificação:

4,0

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