Quando a Panini prometeu lançar uma série de seis encadernados com histórias fechadas e acabamento de luxo, criou-se uma expectativa entre os leitores.

O primeiro número, Homem-Aranha - Com grandes poderes..., uma divertida aventura do herói é muito bacana e custa menos que vários outros encadernados sem o mesmo acabamento. Mas o aviso "preço promocional de lançamento", estampado na capa, deixou um pouco de medo.

Felizmente, o segundo volume, estrelado pelo Capitão América, mantém a qualidade e o preço bastante acessível.

Aqui, o roteirista convidado David Morrell (romancista responsável por First Blood, livrou que originou a franquia cinematográfica Rambo), criou uma história bastante patriótica e que abusa dos clichês sobre o exército estadunidense.

Ignorando todo o falatório sobre o fato de os Estados Unidos irem à guerra por ideais como coragem, honra, liberdade e sacrifício (repetidos à exaustão), o ritmo da história é bom e a trama diverte.

A maior sacada de Morrell é apresentar a morte do Capitão América e sua substituição não apenas por um homem, mas por vários, em diversos campos de atuação que não apenas o militar.

Para ele, o Capitão América é mais do que um herói; é um símbolo do que o povo dos Estados Unidos é capaz em tempos de crise. Altamente patriótico, sem dúvida, mas uma abordagem diferente e interessante sobre o personagem.

A arte de Breitweiser é muito bonita. Seu traço é bastante realista, mas não perde o dinamismo em nenhum momento. Ele não abusa de cenários detalhados, dando mais destaque aos personagens e à ação que se desenrola. As cores claras de Reber também casaram bem com os desenhos.

O acabamento do álbum é ótimo, com papel de luxo e capa dura. Além disso, as páginas vieram numeradas, ao contrário do volume anterior. O encadernado traz ainda um novo "pedaço" do pôster gigante composto de seis partes, que se completará ao final da coleção.