Capitão América & os Vingadores Secretos # 17
Editora: Panini Comics - Revista mensal
Sonhadores americanos (Captain America # 3 e # 4) - Ed Brubaker (roteiro), Steve McNiven (desenho), Jay Lester (arte-final) e Justin Ponsor (cor);
Homem de Deus (Age of heroes # 4) - Elliot Kalan (roteiro) e Brendan McCarthy (arte);
A caixa bestial (Secret Avengers # 17)) - Warren Ellis (roteiro), Kev Walker (arte) e Frank Martin (cor).
Preço: R$ 6,50
Número de páginas: 72
Data de lançamento: Novembro de 2012
Sinopse
Sonhadores americanos - Steve Rogers precisa enfrentar o Ameridroide antes de entrar em ação contra o Codinome Bravo.
Homem de Deus - Um conto curto sobre um dos esquimós que encontraram o corpo congelado de Steve Rogers.
A caixa bestial - Um vídeo violento chega às mãos de Sharon, que leva os Vingadores Secretos até Kosovo, atrás de uma ameaça bizarra.
Positivo/Negativo
A edição começa com duas histórias de Ed Brubaker e Steve McNiven para o Capitão América. E há do que se queixar de ambos e ainda poder reclamar da Panini.
Começando pelo menos grave, que é o erro da editora: a história que no número anterior se chama Sonho americano, surge aqui como Sonhadores americanos. Em uma confrontação com o título original (American dreamers) conclui-se que a Panini errou antes e consertou agora. Mas não usou nenhuma errata ou algo do gênero.
Quanto à arte, o trabalho técnico de McNiven é muito bom. Páginas como a nove, com um recurso de close pra mostrar a trajetória do escudo de Steve Rogers são ótimas. Porém, na dez, no segundo quadro, Sharon faz uma pose de ensaio sensual para falar via comunicador que beira o patético.
Se a ideia era excitar a parcela masculina dos leitores, o procedimento não foi dos melhores.
A reclamação contra o competente Ed Brubaker é pela apelação, tanto ideológica quanto na construção de roteiro. Nesta última, ele monta todo o combate entre Sharon e Barão Zemo com diálogos em que eles explicam seus poderes e suas ações.
No plano ideológico, o problema é o clássico de quem lê Capitão América: a glorificação do sonho americano. Codinome Bravo diz para Steve Rogers ,na página 39 (em meio ao combate, claro): "você não faz ideia de como soa o sonho americano aos ouvidos de pessoas criadas sob o fascismo". O contexto, obviamente, é de exaltação.
A curta Homem de Deus é uma história bonita sobre fé e heroísmo, embora um tanto moralista. A arte e sua variação de cores são belíssimas, dando um refresco aos olhos do leitor do traço típico de super-herói.
Já Warren Ellis, com seus Vingadores Secretos, faz a revista valer a pena. Toda a ação da equipe de Steve Rogers que age nos bastidores do mundo é uma forma de chamar a atenção para questões humanitárias, sem ser panfletário.
Numa mistura de espionagem, super-heróis e terror sci-fi, Ellis entrega uma trama muito estranha e recheada de ação. Ao final, mais uma vez, a questão moral surge em uma pincelada.
Classificação