Neste segundo número de Capitão América & Os Vingadores Secretos, a ação continua em ritmo intenso.

A Panini montou um mix bem direcionado, em que as três histórias mantêm o mesmo tom, sem criar uma cacofonia de estilos entre elas. Ajuda esse padrão a capacidade dos artistas responsáveis pelas séries. Ed Brubaker, um dos principais roteiristas da Marvel, assina duas das tramas.

Na primeira, Vingadores Secretos, o roteiro é bem acompanhado da arte de Mike Deodato e Will Conrad, que, dentro do padrão de super-heróis, conseguem resultados empolgantes. Há muita ação e movimento, efeitos obtidos não apenas pelo traço, mas também pela habilidosa diagramação das páginas.

Quanto à trama, ainda se percebe a montagem de uma estrutura narrativa que será levada adiante nas próximas edições, mas é uma boa história de apresentação de personagens e montagem de cenário. Mesmo essa preparação é feita de modo interessante, sem parecer enrolação.

Em seguida, vem Guerreiros Secretos. O roteirista Jonathan Hickman trabalha bem com a velha guarda da espionagem do Universo Marvel,compondo uma trama interessante, com várias implicações políticas.

Pena que a arte não ajude muito. Alessandro Vitti compõe painéis estáticos demais e fica a dever um pouco em expressões. Mas o pior são as cores do Imaginary Friends Study, que, numa tentativa de produzir volume, criaram sombras duras e paralisantes.

Fecha a revista o Capitão América de Brubaker.

Neste arco, Bucky é levado a perder o controle; e as peças se posicionam de modo que tudo possa piorar ainda mais.

É interessante observar que, independentemente de quem desenha o Capitão, o estilo do traço continua parecido, buscando dar continuidade estética a toda essa fase: Steve Epting, Luke Ross, Butch Guice e Mitch Breitweiser.

Vale a pena acompanhar um dos títulos mais interessantes da Panini nas bancas.