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CAVALEIROS DO OESTE # 1

1 dezembro 2005


Título: CAVALEIROS DO OESTE # 1 (Noblet Editora)
- Revista mensal

Autores: Paulo Hamasaki (textos e desenhos).

Preço: R$ 3,00

Número de páginas: 32

Data de lançamento: Julho de 2005

Sinopse: Greg Cooper, xerife da pacata cidade de Springtown, no
oeste selvagem dos Estados Unidos, segue a pista da quadrilha de Big Buck
Munson, que teria chacinado a família Yates.

O homem da lei, entretanto, decide passar a missão ao seu amigo vigilante
conhecido como Vingador Misterioso, que - tudo leva a crer - seja seu
alter ego.

Encontrando e eliminando cada membro da gangue, o herói descobre que os
malfeitores, embora culpados por vários crimes, não foram os responsáveis
pelo assassinato dos Yates. E a verdade é estarrecedora!

Positivo/Negativo: Um leitor mais descuidado poderia imaginar que
esta nova HQ nacional é uma produção dos anos 50 ou 60. Cowboy
fantasiado, roteiro ingênuo e uma qualidade gráfica e editorial das mais
fracas, tudo remonta aos quadrinhos de faroeste daquela época.

Mas se esses são cultuados até hoje por saudosistas, muito mais por trazerem
boas lembranças da infância do que pela qualidade das histórias, Cavaleiros
do Oeste
cheira a esquisitice. Sem rodeios: a revista é muito ruim.

Para começar, como dar crédito a um herói do faroeste com o risível e
nada intimidador nome de Vingador Misterioso? Sem contar o visual, que
mais parece um amálgama de Rawhide Kid (cowboy da Marvel)
com o Cavaleiro Solitário.

A trama, ingênua por si só, não consegue manter a expectativa do leitor,
pois já entre as páginas 10 e 11 fica evidente que o herói não só estava
perseguindo os vilões errados, como dava para adivinhar quem eram os verdadeiros
culpados pela chacina da família Yates.

Os desenhos, embora bons na maior parte da HQ, têm surtos de mediocridade,
principalmente quando algum personagem aparece montado a cavalo. Chega
a ser constrangedora a falta de proporção entre homem e animal, desfigurando
a anatomia do cavaleiro da cintura para baixo. Em dois ou três quadros,
até os cavalos sofrem alguma distorção.

Mais emblemáticas são as lanças que um dos facínoras carrega, pois de
tão grossas, parecem troncos que dificilmente poderiam trespassar algum
corpo com tanta facilidade quanto se vê ali.

No texto de apresentação, na segunda capa, ainda há um pequeno deslize
no português. Onde está grafado "foras-da-lei", deveria estar "fora-da-lei".
E até no inglês há escorregão: o copyright de Paulo Hamasaki está
escrito como "copuright".

Outro erro foi fechar a história na mesma edição, sem criar nenhuma razão
para o leitor comprar o próximo número. Afinal, com uma estréia nada boa,
pelo menos deveria haver um gancho para instigar aquela curiosidade natural
que faz alguém continuar colecionando um título para saber o desfecho
de um arco de aventuras.

Classificação:

4,0

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