CHOBITS # 10
Título: CHOBITS # 10 (Editora JBC) - Revista mensal
Autores: Grupo Clamp (Satsuki Igarashi, Nanase Ohkawa, Mick Nekoi e Mokona Apapa).
Preço: R$ 4,90
Número de Páginas: 104
Data de lançamento: Janeiro de 2004
Sinopse: No volume anterior, Chi havia sido seqüestrada por um assanhado especialista em persocons. O objetivo dele era descobrir se ela é mesmo da série "Chobits", um lendário tipo de persocom que, de tão avançado, poderia ter as mesmas reações emocionais de um ser humano.
Apesar de seu dono, Hideki, estar prestes a libertá-la, Chi, no final, consegue escapar sozinha, depois de nocautear seu captor durante um misterioso transe.
Após o episódio, Hideki decide voltar à rotina, mas desta vez mais atento ao que pode acontecer com Chi. É por isso que ele a acompanha até a doçaria Chiroru, onde a persocom trabalha.
Lá, ao conversar com o gerente e seu antigo chefe, eles descobrem algumas interessantes particularidades a respeito do corpo das persocons. É quando a súbita aparição de Yumi, colega de trabalho de Hideki, vai causar outra reviravolta na vida deles.
Positivo/Negativo: Esta é mais uma obra do Clamp que chega ao Brasil pela JBC, assim como Sakura Card Captors e Guerreiras Mágicas de Rayearth. Apesar de cada mangá ter suas características, todos possuem a marca registrada do grupo, que é o jeito poético de se contar uma história de amor.
Porque, em essência, Chobits é isso, não se pode negar. Mesmo que seja o amor impossível entre um homem e uma robô/andróide/máquina, ou que tenha uma certa dose de aventura e comédia, com toques de ficção científica. Isto é, no fundo, o que interessa mesmo é saber se Chi e Hideki vão ficar juntos no final.
Para isso acontecer, primeiro vários mistérios envolvendo a persocom precisam ser revelados. Quem construiu Chi? Por que ela estava no lixo quando Hideki a encontrou? Por que ela não reage como os outros persocons? E, afinal, Chi é ou não é uma Chobits?
São questões que as meninas do Clamp não têm pressa nenhuma de responder (outra marca registrada delas). Enquanto isso, dá-lhe tramas paralelas para despistar o leitor e aumentar o suspense. O desvio da narrativa no fim desta edição é um exemplo perfeito.
Justamente quando o leitor está para saber mais a respeito de Chi, pronto! Lá vem à tona o mistério que envolve Yumi e o gerente da doçaria. Nesses momentos é que aparece a maior qualidade do mangá, que é contar com personagens coadjuvantes tão interessantes quanto o casal principal.
Isso é lógico, senão essa demora em abrir o jogo seria extremamente irritante e injustificada. Por outro lado, esta "enrolação" toda fornece o tempo necessário para Chi entender as emoções humanas, pelas simples reações físicas das pessoas ao redor dela.
É uma abordagem muito bonita e lírica da inteligência artificial, um dos temas mais clássicos da ficção científica. Chobits talvez não agrade quem prefira a racionalidade matemática dos livros de Isaac Asimov, mas, com certeza, satisfaz quem gosta de histórias de amor.
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