CINDERALLA
Título: CINDERALLA (Conrad
Editora) - Edição especial
Autor: Junko Mizuno (texto e arte).
Preço: 29,50
Número de páginas: 144
Data de lançamento: Julho de 2006
Sinopse: Numa paródia de Cinderela, uma garçonete de espetinhos de frango vê seu pai, dono do restaurante, morrer. Mas, em seguida, descobre que, à noite, os mortos se tornam zumbis. Seu príncipe, claro, é um morto-vivo.
Positivo/Negativo: Na enxurrada de mangás que a Conrad pôs nas bancas e livrarias neste ano, Cinderalla se destaca por estar completamente fora de qualquer padrão conhecido. A jovem autora Junko Mizuno desenvolveu uma linguagem ímpar.
Visualmente, a HQ, colorida do começo ao fim, tem um quê de Meninas Superpoderosas, mas com uns tons apastelados, como se as cores estivessem desbotadas. Os personagens são criaturas de traços simples e arredondados, o que alguns chamariam de "fofinhos" - mesmo que eventualmente eles sejam zumbis decrépitos morando em um cemitério ou garotas seminuas com fartos peitos balançantes (e, às vezes, as duas coisas).
E o roteiro, calcado em cima do conto clássico, tem lá suas aberrações - que, verdade seja dita, o visual que alguns chamariam de "fofinhos" transforma em uma deliciosa aberração narrativa. Sensação de estranhamento é pouco. Cinderalla é bizarro pra dedéu.
O resultado é uma apoteose pop e um delírio visual. No fim das contas, se resenha servisse para se definir alguma coisa, Cinderalla seria um shojo para garotas profundamente interessantes, sejam elas quem forem.
Além da história em si, a edição traz dois contos relacionados, que explicam detalhes sobre dois personagens, anúncios de produtos esquisitos derivados do mangá, uma longa entrevista com a autora e uma lúdica cartela de adesivos.
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