CLÁSSICOS DA LITERATURA DISNEY - VOLUME 23 – O SENHOR DOS ANÉIS
Editora: Abril - Edição especial
Autores: O Senhor das Frigideiras - Giorgio Pezzin (roteiro) e Franco Valussi (desenhos);
A esfera negra - Andreas Pihl (roteiro) e Massimo Fecchi (desenhos);
Tio Patinhas no País das Maravilhas - Carol e Pat McGreal (roteiro) e Francisco Rodriguez Peinado (desenhos).
Preço: R$ 9,95
Número de páginas: 152
Data de lançamento: Outubro de 2010
Sinopse
Duas aventuras com a turma de Patópolis parodiando as obras clássicas O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien (1892-1973), e Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol (1832-1898), além de uma aventura inspirada nos jogos de RPG.
Positivo/Negativo
Com as devidas e óbvias proporções, a sátira de O Senhor dos Anéis que abre esta edição de Clássicos da Literatura Disney é bastante fiel à obra de J. R. R. Tolkien.
O Senhor das Frigideiras segue a mesma sequência de eventos do livro original e mantém os nomes de alguns personagens (como Aragorn, interpretado por Mickey) ou mescla outros dos dois universos (é o caso de Frodonald), mas em cada momento a liberdade satírica aflora com muitas situações de humor.
Tanto que, em vez de um anel, o objeto procurado na história é uma frigideira dotada de espantosos poderes mágicos.
De qualquer forma, os perigos, sustos e batalhas épicas também estão ali para tornar a aventura de mais de 80 páginas - com a arte impecável de Franco Valussi - uma das leituras mais prazerosas desta coleção.
Em A esfera negra, como na HQ anterior, Mickey, Pateta e Donald estão juntos mais uma vez.
A expectativa de uma boa história quando o trio se encontra é novamente atendida nesta aventura em que eles jogam uma partida de RPG na casa do pato ranzinza e tudo o que se passa no tabuleiro vira uma HQ medieval cheia de mistério, ação e tiradas de humor.
Qualquer semelhança com a série Caverna do Dragão não é mera coincidência - e os desenhos de Massimo Fecchi contribuem bastante para esse clima.
Mas Patinhas no País das Maravilhas, em que o velho muquirana tem um sonho maluco e vai parar naquele mundo estranho que todos já ouviram falar, é um ponto negativo neste tema que ficou saturado em 2010, graças ao filme da Disney e à onda de adaptações em quadrinhos da obra de Lewis Carrol, desencadeada pelo longa-metragem.
Vale apenas pela curiosidade de ver alguns personagens tradicionais da Disney na pele dos moradores do País das Maravilhas (Gastão caiu como uma luva encarnando a boçal Lagarta Azul).
E, como sempre, merecem destaque os textos de Júlio de Andrade Filho, informando o leitor sobre os autores e obras que inspiraram as sátiras da edição.
Classificação: