Milhares de anos depois da suposta catástrofe natural que o teria destruído e deixado perdido para sempre no mar, o continente de Atlântida continua rendendo teorias que ganham voz no vasto mundo do entretenimento, seja em produções de cinema ou mesmo nos desenhos animados, livros e gibis.

O roteirista Francesco Artibani desenvolveu, neste volume de Clássicos da Literatura Disney, uma das mais interessantes dessas teorias, embora também tenha pinçado elementos de outras - principalmente a que postula ser extraterrestre a origem da tecnologia avançada dos atlantes.

O anel de ouro da Atlântida é talvez a melhor e mais excitante aventura de Mickey e Pateta na máquina do tempo dos cientistas Zapotec e Marlin.

A mistura de ficção científica, fatos históricos e muita ação, pontuada por bons momentos de humor, faz das quase 100 páginas desta HQ italiana - até então inédita no Brasil - uma fantástica viagem ao fascinante mundo da imaginação sem limites que o mistério de Atlântida costuma promover.

Transformado em imagens por meio da competente arte de Claudio Sciarrone, tudo isso fica ainda mais instigante.

A trama, que envolve alterações na linha do tempo e se relaciona com as Olimpíadas de 2000 - realizadas em Sydney, Austrália, na mesma época da primeira publicação da HQ -, tem a importante participação de Indiana Pateta, primo do melhor amigo do camundongo detetive.

Mickey na Grécia Antiga - O tesouro de Cnosso (já publicada por aqui em 2003, no gibi Almanaque Disney # 353) fecha a edição trazendo mais uma bela dobradinha de Giorgio Pezzin e Paolo Mottura na série em que o rato e seu parceiro Pateta vivem aventuras no mundo antigo.

Os desenhos de Mottura são o grande destaque da HQ e um dos pontos altos deste volume.